Lua triste, você sabia exatamente porque eu estava aliVocê me ouviu pedindo em oraçãoPor alguém com quem eu pudesse realmente me importarE então, de repente, apareceu diante de mimA única pessoa que meus braços irão abraçarEu ouvi alguém sussurrar “por favor, me ame”E quando eu olhei, a lua tinha se transformado em ouro”.Blue Moon – The Marcels’
A carioca Eddie Van Feu faz muitas coisas (algumas ao mesmo tempo). É roteirista, desenhista, escritora, dentre outras. Apesar de tudo isso, eu gosto mesmo de classifica-la como contadora de histórias.
Conheci a Eddie na Bienal do Rio de 2011, no lançamento de Dragões de Titânia – A Batalha de Argos, de seu marido Renato Rodrigues. Lua das Fadas não estava disponível naquele dia, por problemas com a editora, mas mesmo assim a autora estava lá, toda paramentada de fada, atraindo as atenções. Levei o livro com o elfo bonitão na capa para casa (porque todo mundo sabe da minha queda por elfos bonitões...), e guardei as fadas na memória.
Adicionei os dois novos autores conhecidos no Facebook e fiquei sabendo, por lá, dos novos lançamentos, entre eles, O Trono Sem Rei, continuação de Lua das Fadas. Depois de algum tempo, quando ocorreu o lançamento de Dragões de Titânia – A Queda do César, comprei também os dois outros livros da Eddie. Dessa vez, nos encontramos na Primavera dos Livros de 2012, na qual eu estava trabalhando. E eles foram muito gentis em irem lá levar os três livros pra mim, com direito a autógrafo, fotos e brindes muito legais.
Falando agora de Lua das Fadas. Com o perdão do trocadilho, fiquei encantada com a história de Zac e Bianca. Tenho uma quedinha por seres mágicos, e os anjos, inclusive, já tinham povoado alguns dos meus escritos na adolescência. E o Zac é um personagem que, à primeira vista parece superficial, mas sua história é muito mais profunda, o que podemos ver no desenrolar da trama e nos outros dois livros da série. E Bianca também. Ela se difere das mocinhas inseguras atuais. Ela tem o seu jeito esquisitão, apenas uma amiga, é chamada de louca pelos colegas, por ter uma mente criativa e fértil e acreditar em muitas coisas, dentre elas, as fadas e seres elementais, mas é segura de si, não liga para o que dizem, e vive sua vida com seus pais e sua cachorrinha, a Cacau.
Quando sua única amiga, Analice, desaparece numa ventania depois de um “jogo do tabuleiro” (sabe qual é, aquele do copo), ela não desiste e, contra tudo e contra todos, vai atrás da amiga. Estranhas pistas a levam até o Mundo das Fadas (Mãe Teteia da Encruza, MORRI!), e para chegar lá ela recebe a ajuda do anjo iniciante, resmungão, reclamão e hesitante Zacariel, da ordem de Rafael. E é assim que a aventura começa.
O livro é muito bem escrito, e deixa claro o talento de Eddie como contadora de histórias. Esse é um daqueles livros nos quais o narrador conta a história como se te conhecesse, como se estivesse ali do seu lado te contando. Ele te envolve na trama, nos pensamentos, desejos e anseios dos personagens. E é uma delícia de ler! Leve, bonito e muito divertido, com pequenas doses de humor para quebrar o clima por vezes sombrio. O único problema é o aparente descaso da editora com a obra (que é explicado no final, pela autora, como tendo sido uma encomenda da editora), que se deixa transparecer no acabamento ruim (que se destaca perto das belíssimas ilustrações de Carolina Mylius) e no trabalho pouco cuidadoso de edição, que apresenta muitos erros, alguns muito bobos, que teriam sido corrigidos por um editor um pouco detalhista. Mas nada disso consegue tirar o brilho cintilante da incrível aventura de Bianca e Zac no misterioso Mundo das Fadas. As tramas são bem amarradas, a história é conduzida com maestria, e o final é surpreendente, deixando em aberto uma possível continuação, mas nada obrigatório.
Eddie nos faz rir, nos faz chorar (muito), nos diverte e emociona na mesma medida. Um livro para ser lido com o coração e com a mente bem aberta. É preciso deixar qualquer preconceito de lado e entrar de cabeça, como a Bianca, nesse mundo lindo, sombrio, encantador e assustador, que é o Mundo das Fadas.
Conheci a Eddie na Bienal do Rio de 2011, no lançamento de Dragões de Titânia – A Batalha de Argos, de seu marido Renato Rodrigues. Lua das Fadas não estava disponível naquele dia, por problemas com a editora, mas mesmo assim a autora estava lá, toda paramentada de fada, atraindo as atenções. Levei o livro com o elfo bonitão na capa para casa (porque todo mundo sabe da minha queda por elfos bonitões...), e guardei as fadas na memória.
Adicionei os dois novos autores conhecidos no Facebook e fiquei sabendo, por lá, dos novos lançamentos, entre eles, O Trono Sem Rei, continuação de Lua das Fadas. Depois de algum tempo, quando ocorreu o lançamento de Dragões de Titânia – A Queda do César, comprei também os dois outros livros da Eddie. Dessa vez, nos encontramos na Primavera dos Livros de 2012, na qual eu estava trabalhando. E eles foram muito gentis em irem lá levar os três livros pra mim, com direito a autógrafo, fotos e brindes muito legais.
Falando agora de Lua das Fadas. Com o perdão do trocadilho, fiquei encantada com a história de Zac e Bianca. Tenho uma quedinha por seres mágicos, e os anjos, inclusive, já tinham povoado alguns dos meus escritos na adolescência. E o Zac é um personagem que, à primeira vista parece superficial, mas sua história é muito mais profunda, o que podemos ver no desenrolar da trama e nos outros dois livros da série. E Bianca também. Ela se difere das mocinhas inseguras atuais. Ela tem o seu jeito esquisitão, apenas uma amiga, é chamada de louca pelos colegas, por ter uma mente criativa e fértil e acreditar em muitas coisas, dentre elas, as fadas e seres elementais, mas é segura de si, não liga para o que dizem, e vive sua vida com seus pais e sua cachorrinha, a Cacau.
Quando sua única amiga, Analice, desaparece numa ventania depois de um “jogo do tabuleiro” (sabe qual é, aquele do copo), ela não desiste e, contra tudo e contra todos, vai atrás da amiga. Estranhas pistas a levam até o Mundo das Fadas (Mãe Teteia da Encruza, MORRI!), e para chegar lá ela recebe a ajuda do anjo iniciante, resmungão, reclamão e hesitante Zacariel, da ordem de Rafael. E é assim que a aventura começa.
O livro é muito bem escrito, e deixa claro o talento de Eddie como contadora de histórias. Esse é um daqueles livros nos quais o narrador conta a história como se te conhecesse, como se estivesse ali do seu lado te contando. Ele te envolve na trama, nos pensamentos, desejos e anseios dos personagens. E é uma delícia de ler! Leve, bonito e muito divertido, com pequenas doses de humor para quebrar o clima por vezes sombrio. O único problema é o aparente descaso da editora com a obra (que é explicado no final, pela autora, como tendo sido uma encomenda da editora), que se deixa transparecer no acabamento ruim (que se destaca perto das belíssimas ilustrações de Carolina Mylius) e no trabalho pouco cuidadoso de edição, que apresenta muitos erros, alguns muito bobos, que teriam sido corrigidos por um editor um pouco detalhista. Mas nada disso consegue tirar o brilho cintilante da incrível aventura de Bianca e Zac no misterioso Mundo das Fadas. As tramas são bem amarradas, a história é conduzida com maestria, e o final é surpreendente, deixando em aberto uma possível continuação, mas nada obrigatório.
Eddie nos faz rir, nos faz chorar (muito), nos diverte e emociona na mesma medida. Um livro para ser lido com o coração e com a mente bem aberta. É preciso deixar qualquer preconceito de lado e entrar de cabeça, como a Bianca, nesse mundo lindo, sombrio, encantador e assustador, que é o Mundo das Fadas.
Abaixo, um exemplo das ilustrações maravilhosas de Carolina Mylius. Na imagem da direita, a Rainha Paralda, personagem do livro.
Minha classificação para esse livro é de ❤ 4/6- "Muito Bom".
Lua das Fadas. Van Feu, Eddie. Editora Escala, 2011, 270 p.