Pensem naquele seu livro clássico que você ama tanto, todo desbeiçado, guardado com tanto amor e carinho na sua estante. No meu caso, esse livro é uma versão bilíngue de Orgulho e Preconceito, com algumas páginas que tiveram que ser coladas de volta, a capa toda puída e as folhas amarelas. Agora imaginem que você, por alguma magia de uma bruxa que manja dos paranauê, você se encontra naquela época do seu livro clássico mais querido. Imaginou? Pois é exatamente isso que acontece em Perdida, de Carina Rissi."Fechei meus olhos e abracei meus joelhos. Repassei mentalmente cada instante que vivi com ele, como um filme. Ao menos, eu tinha isso. Ao menos, eu tive isso. Um amor tão profundo e sincero, mesmo que por poucos dias, que muitas pessoas jamais experimentam durante uma vida inteira."
Isso ai, minha gente! Trouxe uma dica de livro brasileiro aqui pra vocês, que não é autoajuda, não envolve estudos e não é cobrado na prova do Enem.
Perdidaconta a história de Sofia, uma mulher que ama a tecnologia. Sabe aquelas nega que não conseguem ficar um minuto sem checar o celular pra ver se alguém mandou mensagem, dar um like nas fotos dazamiga, mandar indireta no facebook, colocar citações da “Clarice Lispector” naquelas fotos de biquíni no Instagram em que tudo que se consegue ver são ou os peitos ou a bunda da colega? Bom, a personagem não chega a esses extremos, mas ela é bem viciadinha nessas paradas de tecnologia. Ai, um belo dia, ela precisa comprar um celular novo. Vai numa loja, entra e é atendida por uma mulher que diz para ela comprar um celular que acabou de chegar na loja. Ela compra e sai. E ai, PUFF, ela some.
Sofia acorda no meio do nada, usando roupas modernas, até que percebe que voltou para o século dezenove. Eita pega! A bicha fica louca, como qualquer um ficaria, mas é ai que ela conhece Ian Clarke (me desculpem, mas na hora que li Ian eu pensei na hora no ator Ian Somerhalder. Me processem... Processa não. Sou estudante fudida, não vou nem conseguir pagar um picolé pra vcs.).
Os dois se conhecem e Ian decide ajudar Sofia, afinal de contas, as pessoas não eram como hoje em dia. Se um homem chega pra mim no meio da rua hoje e pergunta se ele pode me ajudar, me leva para a casa dele e eu vou de boa vontade, então ele no mínimo tem uma faca me cutucando nas costas. Porém, Sofia aceita a ajuda e é ai que eu paro de falar porque senão isso aqui vai ser uma zona de spoilers e não uma resenha.
Eu até já posso ouvir alguns de vocês pensando “mas Julia, o que você achou desse bagulho?”. Não se preocupem, eu digo.
Eu realmente gostei do livro. É cheio de situações engraçadas formadas pelo fato de Sofia não estar acostumada com os costumes daquela época e vice-versa. Só para vocês refletirem... Imagina ai, você sem tecnologia nenhuma na sua vida, assim do nada. O que você iria sentir mais falta? Eu ia chorar de saudades da minha dignidade quando eu me desse conta que não existia privada naquela época. Além disso, temos um romance maroto para ler e rir também.
Então é isso, galera. Espero que tenham gostado da resenha, se não gostaram então não digam nada para não afetar meu ego, hehehe. E se gostaram pelamordedeus me fala porque eu gosto de ouvir elogios.
Beijo na bunda para todos.
Minha classificação para esse livro é de ❤ 4/6- "Muito bom".
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Perdida - Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo, Rissi, Carina. Verus, 2011, 364p.
Perdida - Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo, Rissi, Carina. Verus, 2011, 364p.
