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{Especial Filmes} Adaptações Literárias #1: "Cinquenta Tons de Cinza" de E. L. James

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"Eu não faço amor. Eu fodo... Com força."

Acho que podemos concordar que Cinquenta Tons de Cinza foi a adaptação literária para o cinema mais esperada nesses últimos anos. Até porque, normalmente, os filmes são as mídias que chamam atenção para o livro, mas não neste caso.

Eu lembro muito bem quando adentrei uma linda, cheirosa, arrumada e aconchegante livraria em um shopping certo dia e vi as enormes prateleiras ocupadas de cima á baixo com nada além da trilogia de E. L. James. Eu até já comentei em outro post sobre o livro que você pode ver clicando aqui:
http://www.livrosfilmesemusicas.com.br/2015/02/cinquenta-tons-de-cinza-de-e-l-james.html

Que eu comentei com meu tio que gostaria de saber como era e ele me incentivara a ir encontrar um macho para descobrir, até que eu expliquei que estava falando do livro e não de sexo. Foi um bom dia, momento legal com minha vó e minha prima ao lado. Mas isso não importa. O importante é que eu estou aqui para analisar essa bagaça e definir quem ganha: o livro, ou o filme?

Que os jogos comecem!

Acredito que seja válido começarmos analisando o tema principal do livro: céquiçu.

Galera, eu já li dois outros livros eróticos, só para ter certeza de que não era a categoria em si que era uma merda, e sim as autoras parecem achar que todas gostam de serem esporeadas igual cavalos, afinal não há nada mais sexy que um homem seminu com um chicote de montaria de couro te olhando com uma cara de “quero seu corpo besuntado no lamaçal do pecado”. Enfim, cheguei à conclusão que sim, são as escritoras. Encontrei uma série muito legal e bem escrita, que você pode ler a resenha aqui:

http://www.livrosfilmesemusicas.com.br/2015/09/trilogia-fixed-de-laurelin-paige.html

Gente, se vocês leram o livro, sabem o quão cansativo é. Nada contra uma cena de sexo e outra, porém ter que ler páginas e mais páginas da Anastasia se assuntando com o comprimento do lugar onde o sol não bate do Christian é simplesmente um saco. As cenas são detalhadas demais e a conversa entre elas me pareceu estranha às vezes. Mas ainda assim, meu maior problema foi com a questão de o livro só ter cenas de sexo e quase nenhum conteúdo.

Mas o filme não fica muito melhor não. Apesar de o filme ter cenas de sexo, eles acabaram errando na mão e tiraram muito do erótico, o que, na minha opinião, foge da ideia principal. Acredito que o filme foi muito sutil na pegada do sexo e devia ter explorado isso um pouco mais do que apenas mostrar os peitos da mulher meia dúzia de vezes e focar na cara dela tendo orgasmos.

E mais uma crítica: o filme e o livro foram feitos, essencialmente, para as mulheres, não é? Até porque eu ainda não encontrei nenhum homem que tivesse achado 50 Tons uma obra-prima. Então porque é que no filme não se vê porra nenhuma de exploração do corpo do Christian Grey? O livro é na visão da Anastasia, e se bem me lembro, o corpo de Deus grego dele era muito bem evidenciado a cada cinco sílabas daquela tapada, e no filme, a população de 90% de mulheres e 10% de homens obrigados a irem com elas assistir o filme foram presenteados com peitinhos e um segundo de uma rápida olhada na base do pênis (que nem devia ser do ator e sim de um dublê) na hora que o Christian vai abrir o zíper da calça. Voto por um segundo filme mais justo! Queremos bundas masculinas nessa porra! (Elliot, estou falando com você).

Segundo tópico: Anastasia. Ô mulhé burra! MEL DELS!

Nisso, com certeza absoluta e com um daqueles cheques gigantes de game shows, o filme ganha em disparada. No filme eu não preciso ler os pensamentos daquela mulher que se recusa a ver o perigo iminente de se apaixonar por um ricaço que gosta é de meter o cacete (nos dois sentidos). Não preciso ler um contrato inteiro como se fosse eu quem estivesse fazendo aquele acordo absurdo.

Uma coisa que eu amei, foi a atuação de Dakota Johnson como Anastasia. No livro, ela é burra. No filme, ela é inocente. Exemplo disso? Em determinado momento, vocês devem se lembrar, Christian diz para Anastasia que ele não faz amor. Ele “fode. Com força”. No livro, aquela animal de tetas acha que isso foi a coisa mais maravilhosamente sexy que ela já ouviu, já no filme ela esconde uma risadinha. Tudo bem que, se fosse eu, teria rido tanto que era capaz de morrer de asfixia antes de poder sacanear o cara pelo comentário, mas graças à Odin, estou livre disso.

Por último, temos a escrita de E. L. James. Que, vamos combinar, é uma bela bosta.

É isso ai! Não tô aqui pra ser gentil.

É a bosta que a merda cagou. É cansativa, mal feita e os personagens são incrivelmente chatos. Pensa você ai em casa, recebendo os dois como visita. Você aguentaria conversar com eles? Na boa, sou muito mais chamar o Edward Cullen e a Bella Swan pra dar-lhes uma boa sacaneada por brilharem no sol. Se pá eu até contratava o Edward pra minha festa de formatura e pendurava ele no teto. E se você ainda está com dúvidas sobre ler os livros antes de ver o filme, leia a resenha da colega Karine sobre Grey e você saberá o que fazer.

Gente, é isso. Espero que tenham gostado. Desculpa ai pelo post XICANTE. Eu até podia comentar sobre mais coisas, mas ai acho que é sacanagem com vocês. O marcador de palavras do Word está quase em 1.000. Bom saber que nisso eu consigo escrever mil palavras, mas quando é pra fazer trabalho, se eu conseguir escrever meu nome eu tô no lucro. Beijo na bunda!


Veja a cotação do livro no SKOOB e a opinião de outros leitores.
Veja a classificação do filme no IMDb e a opinião de outros espectadores. 






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