“Não se esqueçam, somos os caras maus.”
Gente, finalmente. Depois de muito tempo de espera, finalmente nós temos Esquadrão Suicida na nossa frente. E eu venho aqui dar o meu parecer sobre o filme.
Antes de tudo, acho que é legal explicar pra quem ainda não viu, ou nunca leu as HQs, do que se trata a história.
Esquadrão Suicida é uma ideia criada por Amanda Waller, uma agente do governo que resolve pegar algumas das pessoas mais letais do mundo e juntar todos eles para que façam algum bem para a humanidade. Para forçar a galerinha a fazer o que ela quer, ela retira eles da prisão secreta de uma forma ainda mais secreta, implanta microchips explosivos neles e os chantageia.
Tranquilo e favorável.
Agora, lembrando pra quem não viu o filme ainda, que a partir de agora vai ter spoiler.
Que tal começarmos pela parte mais polêmica? O Coringa.
Maior cara de estudante de humanas... |
Na boa, eu gostei do Coringa... mas também não gostei.
Gostei do fato de esse Coringa ter sido uma grande referência à vários outros. Gostei também do fato que ele é bem gangster, trazendo o personagem para um contexto mais atual. Gostei da atuação do Jared Leto, mas não sinto como se tivesse visto de fato o Coringa. Foram poucos os momentos que consegui visualizar o personagem de verdade, por exemplo quando ele ri para a Doutora Harleen Quinzel, quando pede metralhadoras. Mas, acredito eu que o Coringa é para ser aquele personagem que gostamos de ver ser inteligente, ardiloso, maluco e assustador. Sinto que esse Joker foi muito controlado pelo diretor, especialmente pelas histórias que ouvi a respeito do jeito como as coisas foram feitas no set de filmagens. Pelo que percebi, o ator acabou tendo mais liberdade para ser maníaco e mandar presentes estranhos para todo mundo enquanto as câmeras estavam desligadas. Colocaram um freio no Coringa, e isso até seria aceitável, se o papel dele nesse filme não fosse tão importante, já que a principal personagem está diretamente ligada à ele. E mais... não consigo sentir medo dele olhando para a foto dele. Vejo galera vestida assim na minha faculdade...
Seguindo... Will Smith, o Pistoleiro.
Meio Hancock |
Gente, amei o Will Smith nesse papel.
Eu lembro que logo quando lançaram os trailers, muita gente ficou reclamando que por ser o Will Smith, o personagem seria bonzinho e tudo o mais. E depois notei como o Pistoleiro está verdadeiramente como o Pistoleiro.
Nas HQs, o cara é exatamente daquele jeito. Um cara mal, que faz coisas más. Só que tem aspectos redentores. Adorei como ele foi mostrado na tela. Nem tenho muito o que dizer.
O Capitão Bumerangue.
Cervejeiro... |
O cara tá bem parecido com o que me lembro das HQs também. Se não me engano, ele até teve umas treta com o Pistoleiro porque não gostava de ser comandado por ele. Mas gostei bastante da atuação do ator, mostrando que ele realmente é um cara que não se importa muito e quer é tirar o dele da reta.
Katana
A serenidade no olhar de quem não é criminoso... |
Não conhecia essa personagem ainda, mas gostei da história dela. Só queria ter visto mais cenas dela lutando, tipo quando ela desvia de um bumerangue do Capitão. Não curti muito o fato de não terem explorado tanto ela.
Croc
Só achei estranho ele usar couro... |
O visual tá de sacanagem. Vi em várias entrevistas que isso ai não é CGI. É maquiagem mesmo. Foda demais. Gostei também de como o ator fez um cara mal encarado, gostei de terem feito ele com uma auto estima maior que a do Homem de Ferro.
Amanda Waller
A serenidade no olhar de quem tem o controle da situação.... |
Gente, essa mulher é FODA. Meu senhor. Amei como ela foi representada. Ela é bem isso mesmo. Ela entende as regras do jogo, sabe jogar e se você entrar no caminho dela, ela te derruba de um avião. Adorei.
El Diablo
O calor já voltou com tudo. Pode ir parando com essa zueira, viu moço? |
Igualzinho às HQs. Do visual à história de vida. Ele até me irritava um pouco com essa putaria de não usar poder quando eu estava lendo, mas ai ele dava uma rodada na baiana e tacava fogo na porra toda.
Algumas rápidas críticas ao filme em si, antes de irmos para as partes mais importantes.
A trilha sonora está digna de um filme do Tarantino. Excelente, bem planejada, músicas que fazem sentido. Porém, assim como em filmes do Tarantino, as músicas começam e param do nada. Isso não foi uma novidade para mim, mas como isso aqui não é Pulp Fiction nem Kill Bill, não deu muito certo esses cortes na música.
Outra coisa que gostaria de falar sobre o filme é a tal da super sensualização da Arlequina. Sim, de fato, existem coisas ali que são desnecessárias, tipo uns close na bunda da atriz e tudo o mais. Porém, a própria personagem faz isso em vários momentos, usando sua sensualidade como arma. E não achei que ela foi apenas abordada por esse lado. Em vários momentinhos no filme eu notei que a doutora Harleen Quinzel apareceu através da máscara da Arlequina. Foi bem sútil, mas notei.
Outra coisa foi como o final se resolveu de forma mágica. Adorei que Arlequina usou seus poderes manipuladores, que são extremamente fortes, para fazer a Magia acreditar que ela não faria nada de errado. MAS... Foi muito obra do destino. Acho que poderia ter sido um pouco melhor se o diretor tivesse feito uma cena rapidinha dela notando a espada ali perto e ai então agir em cima disso.
Cena pós créditos. Nada de muito revelador... A não ser que ela indique um possível filme de Injustice: Gods Among Us. Caso você não conheça a HQ, eu fiz uma resenha dela um tempo atrás e é só clicar no nome pra ir lá ver.
Mas ainda assim, acredito que a cena seja somente sobre o filme da Liga da Justiça.
Agora vamos para uma das coisas que mais me marcou no filme.
Primeiro, aquela cena da Arlequina na roupa original com o Coringa num breve flashback, em que eles estão naquela posição famosa que está ai embaixo... Essa cena tirou meu fôlego. Ficou perfeita. O Coringa estava com a expressão perfeita, e a Arlequina... Eu já falo da Arleqeuina.
"Vamo dançá um forrózin?" |
Mas voltando... A relação entre os dois palhaços.
A relação entre Coringa e Arlequina foi retratada de uma forma um pouco diferente. Os abusos sofridos por ela são muito mais psicológicos do que físicos. Uma coisa que eu não me lembro de ter visto em nenhuma das HQs em que Coringa e Arlequina aparecem juntos é ver o Coringa tomar a iniciativa de beijar ela. Mas já o vi ficar com muito ciúmes dela, porém descontar esse ciúmes nela e agredí-la fisicamente e psicológicamente.
Ainda assim, gostei de ver como ela, apesar de tudo isso, o ama muito e como fica abalada com a ausência dele. Que mostra como ela de fato é meio doida.
Ainda assim, gostei de ver como ela, apesar de tudo isso, o ama muito e como fica abalada com a ausência dele. Que mostra como ela de fato é meio doida.
Agora vamos para o que eu mais gostei em tudo: ARLEQUINA.
MEO DEOS! ESSA ATRIZ NASCEU PRA FAZER ESSE PAPEL.
O modo de falar, os trejeitos, o modo que caminha, as piadinhas, o jeitinho meio infantil. Quando ela se apresenta pra Katana... PUTA QUE ME PARIU. PER-FEI-TO. Aquela é a Arlequina que eu sempre imaginei. Sem tirar nem por... talvez a roupa original que eu gosto mais... mas ainda assim. Caralho. Maravilhoso. Não tenho nem mais o que falar.
Bom gente. Eu me diverti muito assistindo o filme. Não curti algumas coisinhas, mas ainda assim foi um filme que eu queria muito ver e sai do cinema extremamente feliz... E também sai caçando um Charmander (Pokémon) que tava ali perto, mas não achei.
Só uma pergunta... O que a Arlequina fez com a bolsa que ela roubou?
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