“A pessoa só é boa quando faz o bem em situações difíceis, não nas fáceis.”
Galerinha, com sempre, estou aqui para lembrar que tenho uma doença e vivo lendo continuações, então não esqueçam que isso é uma resenha do segundo volume da série Half Bad. Mas não chorem, eu já fiz a resenha do primeiro livro. Para acessá-la é só clicar nesse gif amigo, cheio de desenvoltura.
Então, seguindo com a programação normal.
Nathan está de volta e finalmente tem o seu dom. Agora o problema será controlar seu poder, encontrar seu amigo e ir em busca de salvar a menina de seus sonhos. Mas, como nada nessa vida ajuda a gente, ele acaba se envolvendo em um problema muito maior cheio de rebeldes, caçadores e magia.
Gente, lembro de ler o primeiro livro super depressa e ter gostado muito da história. O problema é que nesse livro, algumas coisas me incomodaram. Por exemplo o amor que ele tem pela tal garota da vida dele. Eles mal passaram tempo juntos, e o animal já cogita lutar contra uma das bruxas mais poderosas de todas e morrer enquanto faz isso, só pra salvar a menina. Garota inclusive que nem conhece ele direito... Mas beleza.
Outra coisa. Senti que as coisas começaram a acontecer rápido demais, fácil demais. Tudo parece acontecer no estilo deus ex machina.
Pra quem não sabe, deus ex machina é quando um problema se resolve magicamente, sem precisar ir muito longe pra que as coisas funcionem, sem esforço.
Mas não é só com as soluções. Os problemas aparecem do nada e acabam do nada.
Mais uma coisa que me incomodou, foram as relações entre os personagens. Nathan está apaixonado por Annelise, mas quase nunca vemos os dois juntos, então não consegui sentir empatia pelos dois estarem separados e por toda a missão de resgate de Nathan. Outra relação importante para a história era entre Nathan e seu pai, Marcus.
Marcus era para ser o bruxo mais poderoso de todos, etc. E ele é. O problema aqui é que a autora novamente tenta passar um amor incondicional entre os personagens, mas não dá tempo de eles se conhecerem e desenvolverem a relação deles, portanto novamente não sinto empatia pelos dois.
Eu demorei muito mais para ler esse livro, justamente por que a história me pareceu muito mais rasa e irritante. O livro gira em torno de salvar a mulher, e só no final, quando ela está bem, que a história se volta para o plot relevante.
Para quem joga videogames, é como se Nathan tivesse passado o livro inteiro numa sidequest (que são missões alternativas em um jogo que se faz entre a missão principal para que se possa ganhar XP e dinheiro).
Enfim, apesar disso, gostei de estar lendo aquele livro em determinados momentos. Como eu já disse, é uma leitura fácil. Gostosinho de ler, mas acho que por eu estar esperando algo a mais, acabei não gostando tanto.
Minha classificação para esse livro é de ❤ 3/6- "Bom".
Veja a cotação do livro no SKOOB e a opinião de outros leitores.
Half Wild, Green, Sally. Intrínseca, 2015, 332p.