Era uma vez uma série que eu sempre quis ver mas nunca começava. Cheguei a assistir ao primeiro episódio quando assinei Netflix pela primeira vez, há alguns anos, mas não continuei. Até a Dô viu, maratonou, viciou e se apaixonou e eu nada. Até que quando terminei de maratonar The Walking Dead vi a oportunidade perfeita de finalmente iniciar os trabalhos. E até hoje fico me perguntando porque não assisti isso antes! Quero dizer, é uma série com personagens de contos de fadas vivendo no mundo real, como não vi isso antes???
A primeira temporada é intrigante e reveladora, com cada episódio nos contando um pouquinho da história de cada personagem dos contos de fadas enquanto os conhecemos em Storybrooke. Tudo sob a perspectiva de Emma Swan, que foi jogada no meio da confusão depois que recebe, em seu apartamento e no dia do seu aniversário de 28 anos, a visita de um garoto que alega ser o filho que ela abandonou assim que nasceu. O moleque insiste que ela vá até a pequena cidade no Maine com ele e revela que todos os moradores de lá são, na verdade, personagens dos contos de fadas clássicos presos no nosso mundo sem magia graças a uma maldição liberada pela Rainha Má da Branca de Neve, que, por acaso, é sua mãe adotiva. Sob seu domínio (ela é a prefeita da cidade há anos e ninguém contesta sua posição), personagens como Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, a Vovó, o Grilo Falante, os Sete Anões e Pinóquio, vivem suas vidas com seus empregos adaptados à vida moderna e não têm nenhuma memória do que eram antes. Apenas ela teve seu final feliz, enquanto os outros vivem sob suas regras. Emma vai ficando na cidade, cada vez mais envolvida com os moradores e com Henry, seu filho, que ainda insiste que ela é a Salvadora, filha da Branca de Neve com o Príncipe Encantado, e que seu destino é libertar a todos da terrível maldição. Ele só não contava que a mãe é uma mula cética teimosa que não vê até as coisas mais óbvias à sua frente. Destaque aqui para Jaimie Dornan como o xerife Graham/Caçador, que foi tão fofo que me fez esquecer o maldito psicopata Grey e para Sebastian Stan (também conhecido como o Bucky de Capitão América) como Jefferson/Chapeleiro Maluco.
Emma finalmente acredita e finalmente quebra a maldição (se foi em 2012 não é mais spoiler, amém?), mas agora os habitantes precisam lidar com suas duas identidades, a dos contos de fadas e a de Storybrooke, e também com o fato de que não voltaram para seu mundo, a Floresta Encantada. Depois de finalmente conhecermos as motivações de Regina e de ela acabar por se unir à Emma para salvar a vida de Henry, a vilã se humaniza, mas outra pior está a caminho de Storybrooke: Cora, a mãe de Regina, que quer a qualquer custo ir para o nosso mundo atrás da filha, e para isso conta com a ajuda do Capitão Gancho (é, eu sei, é uma salada mesmo). Vemos aqui vislumbres do País das Maravilhas (que gerou um spin off sem muito sucesso chamado "Once Upon in a Wonderland, que acabou sendo cancelada, além de conhecer novos personagens como a Bela Adormecida Aurora e Mulan, sua protetora (SHIPPEI SIM, ME PROCESSA), e o gigante do pé de feijão, Tiny. E no final da temporada começamos a descobrir um novo arco: o da Terra do Nunca. PETER PAN, BITCHES!
Na terceira temporada já temos uma overdose de Terra do Nunca. Todo o arco do Pan (um garoto ou um demônio?) é muito interessante, mas fiquei com a sensação de que todo mundo estava andando em círculos numa maldita floresta tropical sem fim. A melhor parte, além do Pan, e aquele moleque me dava medo mesmo, foi o nascimento do romance de Emma e Gancho e um triângulo amoroso com Baelfire/Neal, por acaso filho do Rumplestiltskin e pai do Henry. Vemos também a história de como Killian Jones se tornou o Capitão Gancho e a famosa humanizada do vilão. A parte final nos traz o mundo de Oz e a apresentação de uma querida personagem...
ELSA, SENHORAS E SENHORES! A toda poderosa rainha de Arendelle surge em Storybrooke me fazendo passar mal atrás de sua irmã, Anna, que está desaparecida. O primeiro episódio, "A Tale of Two Sisters" funciona meio que como uma continuação de Frozen e é realmente interessante pois vemos o que aconteceu depois do happy ending do badalado filme da Disney e todos os atores estavam realmente parecidos com os personagens da animação, o que me deixou com um gostinho de live action. A animação inicial, porém, dá uma esfriada já no segundo episódio pois o que vemos é uma história morna, parada (Elsa SEMPRE atrás da irmã) e a sensação desconfortável de que a rainha e sua trama caíram de paraquedas em Storybrooke (ou foram empurradas pelo sucesso do desenho para alavancar audiência, pronto, falei). O interessante, porém, foi a entrada da Rainha da Neve na história como um contraponto à história de Elsa, que inicialmente tinha sido inspirada nesse conto (a história da Rainha da Neve original é bem mais pesada e os roteiristas de Frozen foram bem felizes ao não colocar a Elsa como vilã, porque ela é um amorzinho #TeamElsa). A mistura das histórias, o aparecimento do passado da mãe das meninas e a inserção delas na história da própria Emma foi uma sacada bem legal e deu pra emocionar um pouco também e dar um refresco na trama morna. Foi tudo bem legal mas confesso que fiquei bem feliz quando terminou. Na segunda metade da temporada já somos apresentados às vilãs clássicas Úrsula (Pequena Sereia), Cruella (101 Dálmatas, cês lembram) e o retorno da diva Malévola, que chegam à cidade à procura do Autor do livro de contos para que ele possa dar a todos os vilões seus finais felizes. A história da Úrsula foi a que mais gostei, mais próxima da história da Pequena Sereia do que o que foi mostrado com a Ariel. Sorry. Cruella foi a única vilãzona de verdade, sua loucura mostrada desde quando era muito jovem. A season finale dupla nos brindou com vilões virando mocinhos e mocinhos virando vilões (não te engoli como vilã, Branca, desculpa) e eu quase infartei diante da tela duas vezes. Essa série tem esse poder.
No fim da quarta temporada já vemos algumas conversas a respeito da vocação de Emma para o Mal e no finalzinho já podemos ver o início de sua transformação na nova Senhora das Trevas. A quinta temporada começa com uma Emma dividida entre usar ou não a magia negra e no final do primeiro episódio já vemos a Dark Swan completa e ficamos com aquela sensação de "o que que tá con teseno?" Ao longo dos episódios vamos descobrindo, junto com os personagens que sabem tanto quanto nós, ou seja, nada, o que aconteceu em Camelot (é, Rei Arthur está lá e é bem crushável) que culminou no nascimento da Swan malvadona loura platinada psicopata (aliás, visual bem esquisito, sério, não conseguiram pensar em nada melhor?). Além dos personagens de Camelot (melhor Merlin de todos os tempos, que delícia de rapaz, desculpa dizer) também vemos a princesa Valente Mérida, cuja presença foi bem amorzinho, mas totalmente desnecessária. Se você tentar imaginar a história sem ela você consegue. Esse arco da Dark Swan, porém, que me deixou roendo as unhas no final da quarta, foi bem flopado, um arco e tanto desperdiçado, talvez pela falta de carisma da Emma (tanto da personagem quanto da atriz). No final desse plot, depois de acontecimentos chocantes e tristes que te fazem ficar com vontade de morrer (não vou contar pra não dar spoiler, porque a quinta temporada só foi adicionada há pouco tempo na Netflix e preciso respeitar quem esperou e ainda está assistindo - embora eu acredite que já deu tempo...), viajamos ao Submundo para conhecer o maligno Hades, o deus da cabeça quente azul de Hércules e rever algumas figuras conhecidas, queridas ou não, que já se foram. E a temporada termina com a promessa de outros clássicos da literatura mundial que vivem na Terra das Histórias Não Contadas (não contadas? Really, bitch?) liderados pelo maléfico edelicioso Mr. Hyde e sua metade boazinha, Dr. Jeckyll, do clássico livro "O Médico e o Monstro" e o retorno da Evil Queen (YEEEEEEES, EVIL REGALS!)
OUaT é daquelas séries que te vicia desde o começo, te prende e um episódio puxa o outro num roteiro maravilhosamente escrito. A nova roupagem dos contos de fadas que conhecemos principalmente através da Disney é interessante, moderna e envolvente. Todos os personagens se interligam de forma novelesca porém fantástica (não tente entender a árvore genealógica, pelo bem da sua sanidade) e as histórias deles se desenvolvem com fôlego até o fim. Perdi as contas de quantas vezes chorei com essa série, e olha que quem me conhece sabe que não sou de me emocionar com filmes/séries/livros, mas chorei foi HORRORES com o Rumple (um dos melhores personagens, o mais humano, aquele vilão fdp assumido que todo mundo ama odiar e odeia amar), principalmente no que diz respeito a seus sentimentos pela Bela; com a Regina, que é a melhor personagem, sem sombra de dúvidas, dona da p***a toda; e até mesmo com a Emma e com o Gancho (o fim da quinta temporada veio pra matar e destruir mesmo os corações dos fãs, foi tanta emoção que meu psicológico ainda nem se recuperou). O estilo rocambolesco da trama sá um toque interessante e divertido, pois vemos vários personagens nada a ver um com o outro se relacionando e visitando reinos que nunca imaginaríamos e aqui preciso abrir um parênteses sem parênteses para dizer que Dorothy de Oz e Chapeuzinho Vermelho foi pra zerar a vida! E sabe o que é o melhor? É que tudo faz sentido nesse mundo louco e real de faz de contas.
ELSA, SENHORAS E SENHORES! A toda poderosa rainha de Arendelle surge em Storybrooke me fazendo passar mal atrás de sua irmã, Anna, que está desaparecida. O primeiro episódio, "A Tale of Two Sisters" funciona meio que como uma continuação de Frozen e é realmente interessante pois vemos o que aconteceu depois do happy ending do badalado filme da Disney e todos os atores estavam realmente parecidos com os personagens da animação, o que me deixou com um gostinho de live action. A animação inicial, porém, dá uma esfriada já no segundo episódio pois o que vemos é uma história morna, parada (Elsa SEMPRE atrás da irmã) e a sensação desconfortável de que a rainha e sua trama caíram de paraquedas em Storybrooke (ou foram empurradas pelo sucesso do desenho para alavancar audiência, pronto, falei). O interessante, porém, foi a entrada da Rainha da Neve na história como um contraponto à história de Elsa, que inicialmente tinha sido inspirada nesse conto (a história da Rainha da Neve original é bem mais pesada e os roteiristas de Frozen foram bem felizes ao não colocar a Elsa como vilã, porque ela é um amorzinho #TeamElsa). A mistura das histórias, o aparecimento do passado da mãe das meninas e a inserção delas na história da própria Emma foi uma sacada bem legal e deu pra emocionar um pouco também e dar um refresco na trama morna. Foi tudo bem legal mas confesso que fiquei bem feliz quando terminou. Na segunda metade da temporada já somos apresentados às vilãs clássicas Úrsula (Pequena Sereia), Cruella (101 Dálmatas, cês lembram) e o retorno da diva Malévola, que chegam à cidade à procura do Autor do livro de contos para que ele possa dar a todos os vilões seus finais felizes. A história da Úrsula foi a que mais gostei, mais próxima da história da Pequena Sereia do que o que foi mostrado com a Ariel. Sorry. Cruella foi a única vilãzona de verdade, sua loucura mostrada desde quando era muito jovem. A season finale dupla nos brindou com vilões virando mocinhos e mocinhos virando vilões (não te engoli como vilã, Branca, desculpa) e eu quase infartei diante da tela duas vezes. Essa série tem esse poder.
No fim da quarta temporada já vemos algumas conversas a respeito da vocação de Emma para o Mal e no finalzinho já podemos ver o início de sua transformação na nova Senhora das Trevas. A quinta temporada começa com uma Emma dividida entre usar ou não a magia negra e no final do primeiro episódio já vemos a Dark Swan completa e ficamos com aquela sensação de "o que que tá con teseno?" Ao longo dos episódios vamos descobrindo, junto com os personagens que sabem tanto quanto nós, ou seja, nada, o que aconteceu em Camelot (é, Rei Arthur está lá e é bem crushável) que culminou no nascimento da Swan malvadona loura platinada psicopata (aliás, visual bem esquisito, sério, não conseguiram pensar em nada melhor?). Além dos personagens de Camelot (melhor Merlin de todos os tempos, que delícia de rapaz, desculpa dizer) também vemos a princesa Valente Mérida, cuja presença foi bem amorzinho, mas totalmente desnecessária. Se você tentar imaginar a história sem ela você consegue. Esse arco da Dark Swan, porém, que me deixou roendo as unhas no final da quarta, foi bem flopado, um arco e tanto desperdiçado, talvez pela falta de carisma da Emma (tanto da personagem quanto da atriz). No final desse plot, depois de acontecimentos chocantes e tristes que te fazem ficar com vontade de morrer (não vou contar pra não dar spoiler, porque a quinta temporada só foi adicionada há pouco tempo na Netflix e preciso respeitar quem esperou e ainda está assistindo - embora eu acredite que já deu tempo...), viajamos ao Submundo para conhecer o maligno Hades, o deus da cabeça quente azul de Hércules e rever algumas figuras conhecidas, queridas ou não, que já se foram. E a temporada termina com a promessa de outros clássicos da literatura mundial que vivem na Terra das Histórias Não Contadas (não contadas? Really, bitch?) liderados pelo maléfico e
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