- Para o resto da Galáxia, se é que notam a nossa existência, a Terra é apenas uma pedra no céu. Para nós é o nosso lar, e o único lar que conhecemos. (Pág. 58)
Joseph Schwartz é um alfaiate aposentado que em um certo dia, enquanto andava pelas ruas de Chicago, desaparece. Ao acordar, o homem percebe que está em um local estranho, completamente diferente de onde ele se encontrava há algumas horas. Ao vagar pelo lugar, ele avista uma casa e descobre que nela habitam pessoas fluentes em um idioma que ele nunca escutou.
Bel Arvardan é um arqueólogo do império de Sirius que possui uma teoria bastante criticada e vista pelos outros como absurda: a ideia de que a Terra, um planeta considerado a periferia do Império Galáctico, seria o berço da humanidade. Com o objetivo de aprofundar essa hipótese, o estudioso é enviado para a Terra, onde deve buscar indícios dessa suposta população primitiva.
Dr. Shekt é um cientista que, recentemente, desenvolveu um aparelho inovador. O instrumento, denominado Sinapsificador, seria capaz de estimular avanços na mente humana, tornando os indivíduos mais evoluídos mentalmente. No entanto, os seus testes ainda não foram finalizados, já que há uma escassez de voluntários.
Inicialmente, esses homens não possuem nada em comum. Aos poucos, suas vidas vão se cruzando.
O livro começa apresentando Joseph Schwartz, um homem comum que está andando por Chicago. No mesmo capítulo é retratado um diálogo entre dois cientistas que estão realizando um experimento com urânio. Pouco depois, o leitor descobre que esse teste deu errado e que o seu resultado acabou interferindo na existência do alfaiate. Em outro capítulo, é introduzido Bel Arvardan, um arqueólogo recém chegado na Terra com o propósito de investigar partes radioativas do território para buscar vestígios de uma antiga civilização. Através de um comentário feito por Arvardan, surge o cientista responsável por uma invenção capaz de acelerar o aprendizado humano, Dr. Shekt.
Essas tramas se entrelaçam logo no início da obra, portanto, a forma como isso ocorre não é um spoiler. Porém, acho que o bacana é sentir a confusão no começo de tudo e descobrir a conexão entre os personagens durante a leitura. Sendo assim, irei falar melhor sobre alguns outros aspectos da história.
Em Pedra no Céu, nós temos um futuro no qual vários planetas já foram descobertos e passaram a constituir um império, chamado Império Galáctico (universo que funciona como base para outra obra do Isaac Asimov, a série Fundação). Nessa nova organização do espaço, digamos assim, a Terra é considerada a periferia. Isso porque boa parte do território do planeta é contaminada por radiação, logo, os habitantes de outras localidades acreditam que a população terráquea não passa de uma transmissora de doenças e por isso não deve se misturar com o restante do império.
Sem dúvidas, o que eu mais gostei na obra foi a crítica feita à sociedade. O livro, primeiro romance do autor, foi escrito em 1950, no entanto, a maneira como ele retrata a comunidade imperial, utilizando como base a nossa sociedade, se mantém bastante atual. Em vários momentos dessa história que foi criada há mais de 50 anos, é possível identificar situações que, infelizmente, ocorrem com frequência nos dias de hoje. Um exemplo disso, talvez o principal, é o preconceito, a discriminação. No contexto da obra, a Terra é vista como o pior lugar para se viver, consequentemente, os terráqueos são considerados os seres mais desprezíveis da galáxia. Por conta disso, os personagens provenientes de outras partes do Império agem com desdém e aversão em relação aos terráqueos, praticando algo equivalente ao racismo na atualidade.
Esse foi o meu segundo contato com o Asimov (o primeiro ocorreu através de Eu, Robô) e com certeza eu pretendo conhecer outros de seus títulos. Como mencionei anteriormente, Pedra no Céu acabou originando a Fundação, talvez a obra mais conhecida do autor, e a minha vontade de conferir essa série só aumentou. A escrita e a história são muito envolventes, de modo que eu não queria parar de ler. Acredito que essa seja uma boa pedida para quem quer conhecer a produção do Isaac Asimov ou começar a ler ficção científica.
Inicialmente, esses homens não possuem nada em comum. Aos poucos, suas vidas vão se cruzando.
- [...] Eu lhe digo que daria para perder a esperança na inteligência da humanidade quando vejo o que a mente dos homens é capaz de conter. (Pág. 212)
O livro começa apresentando Joseph Schwartz, um homem comum que está andando por Chicago. No mesmo capítulo é retratado um diálogo entre dois cientistas que estão realizando um experimento com urânio. Pouco depois, o leitor descobre que esse teste deu errado e que o seu resultado acabou interferindo na existência do alfaiate. Em outro capítulo, é introduzido Bel Arvardan, um arqueólogo recém chegado na Terra com o propósito de investigar partes radioativas do território para buscar vestígios de uma antiga civilização. Através de um comentário feito por Arvardan, surge o cientista responsável por uma invenção capaz de acelerar o aprendizado humano, Dr. Shekt.
Essas tramas se entrelaçam logo no início da obra, portanto, a forma como isso ocorre não é um spoiler. Porém, acho que o bacana é sentir a confusão no começo de tudo e descobrir a conexão entre os personagens durante a leitura. Sendo assim, irei falar melhor sobre alguns outros aspectos da história.
Em Pedra no Céu, nós temos um futuro no qual vários planetas já foram descobertos e passaram a constituir um império, chamado Império Galáctico (universo que funciona como base para outra obra do Isaac Asimov, a série Fundação). Nessa nova organização do espaço, digamos assim, a Terra é considerada a periferia. Isso porque boa parte do território do planeta é contaminada por radiação, logo, os habitantes de outras localidades acreditam que a população terráquea não passa de uma transmissora de doenças e por isso não deve se misturar com o restante do império.
Sem dúvidas, o que eu mais gostei na obra foi a crítica feita à sociedade. O livro, primeiro romance do autor, foi escrito em 1950, no entanto, a maneira como ele retrata a comunidade imperial, utilizando como base a nossa sociedade, se mantém bastante atual. Em vários momentos dessa história que foi criada há mais de 50 anos, é possível identificar situações que, infelizmente, ocorrem com frequência nos dias de hoje. Um exemplo disso, talvez o principal, é o preconceito, a discriminação. No contexto da obra, a Terra é vista como o pior lugar para se viver, consequentemente, os terráqueos são considerados os seres mais desprezíveis da galáxia. Por conta disso, os personagens provenientes de outras partes do Império agem com desdém e aversão em relação aos terráqueos, praticando algo equivalente ao racismo na atualidade.
Esse foi o meu segundo contato com o Asimov (o primeiro ocorreu através de Eu, Robô) e com certeza eu pretendo conhecer outros de seus títulos. Como mencionei anteriormente, Pedra no Céu acabou originando a Fundação, talvez a obra mais conhecida do autor, e a minha vontade de conferir essa série só aumentou. A escrita e a história são muito envolventes, de modo que eu não queria parar de ler. Acredito que essa seja uma boa pedida para quem quer conhecer a produção do Isaac Asimov ou começar a ler ficção científica.
Minha classificação para este livro é de ♥ 4/6- "Muito bom".
Pedra no Céu. Asimov, Isaac. Aleph. 2016, 312.