Às vezes, nós vemos uma série por ler uma sinopse, uma resenha, ver uma propaganda e achar que será legal, ou por ser um tema que a gente gosta. E às vezes nós vemos única e exclusivamente porque tem aquele ator gato que a gente ama. Não precisa mentir pra mim, amiga, eu sei. E foi por estar obcecada com o Sam Witwer desde que ele foi o Mr. Hyde na sexta temporada de Once Upon a Time e depois de revê-lo como o Davis Bloome/Doomsday na oitava temporada de Smallville, que decidi dar uma olhada em Being Human depois que soube que ele interpretava um vampiro nela. Homem gato + história de vampiro = Karine presa. Dei uma olhada assim como quem não quer nada no episódio piloto e desde então não parei mais até ter terminado o 13° episódio da quarta temporada.
Being Human US é a versão americana da aclamada série britânica de mesmo nome (insira um UK no final para diferenciar. Sabe, US = United States, UK = United Kingdom, sei lá, vai que você não sacou de cara...) A premissa da história é simples: três jovens de vinte e poucos anos dividem uma casa, só que eles são, no caso, um vampiro, um lobisomem e uma fantasma. Parece até o início de uma piada sem graça, né? "Um vampiro, um lobisomem e uma fantasma entram numa casa..." Sério, o que poderia dar errado? TEM TUDO PRA SER ÓTIMA! Digo, tem todos os elementos sobrenaturais básicos, tem um homão da porra, tem o personagem fofo, tem o alívio cômico, tá tudo lá. E já no episódio piloto dá pra ver isso tudo. Aidan, o vampiro e Josh, o lobisomem, são amigos, contrariando todas as leis da natureza e tudo o que mais querem é levar uma vida normal, mesmo com os deslizes do primeiro e as dificuldades do segundo, que se transforma em lobo em toda lua cheia. Os dois, então, decidem alugar uma casa e morar juntos para se ajudarem. Ao chegar lá, porém, encontram a antiga moradora, Sally, que morreu lá e agora assombra a casa. Tudo gira em torno dos três personagens tentando lidar com as consequências de ser quem são: Aidan com suas tentações e os vampiros de Boston, principalmente Bishop, seu criador e mentor, que o quer de volta na antiga vida de sanguinolência; Josh, sua condição e os que ela afeta e Sally, que vai acumulando problemas enquanto aprende a ser um fantasma. Tudo isso se desenrola em quatro temporadas de 13 episódios cada.
Vamos às opiniões. Ao ler sobre a série achei que seria mais voltada ao lado cômico e realmente é muito engraçada, mas também é sombria e dramática. Cada episódio até o fim da segunda temporada é aberto com um discurso de um dos protagonistas filosofando, o que é interessante, mas graças a Deus acabou, porque depois de duas temporadas tava ficando muito chato. O clima de mimimi intenso deles no começo, principalmente na primeira temporada é bem irritante, com longos momentos de contemplação, choro, questionamentos e tudo o que eu queria ver era eles sendo engraçados tentando ser humanos ou então caindo de boca na carnificina, mas sempre tinha que rolar uma autopiedade e ninguém tem muita paciência pra isso. Na segunda temporada as coisas vão melhorando aos poucos para realmente bombar na terceira e na quarta. Os arcos de histórias vão se desenvolvendo, começando e terminando às vezes dentro de uma mesma temporada e por vezes um assunto é deixado pra lá muito depressa (o vírus que dizima quase toda a população vampira de Boston no início da terceira temporada deixou pontas soltas e destruiu personagens poderosos de modo esdrúxulo - aliás, é estranho até alguém ter sobrevivido além do Aidan, por motivos óbvios) e muitos arcos parecem surgir do nada só pra acabar e te deixar com cara de trouxa (até hoje me pergunto o que a Kat fez na história e nem vou falar da Suzanna que foi super desnecessária. Só pra aumentar a lista de "mulheres que o Aidan amou em uma semana"? Bitch, please). A história central, porém, é bem amarrada e leva a um fim inevitável, mesmo que não seja o que a gente queira ver (NÃO ACEITO E PONTO. Chorei até dormir com essa desgraça).
Fazendo um balanço geral, posso dizer que a série foi bem cômica (me fez rir muito alto em algumas cenas, Aidan é oficialmente o melhor vampiro do mundo e bêbado de sangue é impagável, além da interação com o Josh que rende cenas ótimas), trágica e dramática na medida certa depois de um tempo, tem bastante pegação (o que? a gente gosta de uma putaria), muito sangue e muito sobrenatural. Quem gosta desse estilo de série não tem como não gostar. Quando eu me recuperar do final e da depressão pós-série vou dar uma olhada na versão britânica que está disponível na Netflix (a versão US não está, então tive que correr atrás). Se você por acaso já viu, deixe aí nos comentários a sua impressão.
GIF do Aidan sendo o melhor vampiro para chamar sua atenção |