Todo mundo ficou feliz com o anúncio de que nosso Diabo favorito teria uma segunda temporada. Ficamos mais felizes ainda quando soubemos que o número de episódios seria aumentado. Estávamos ansiosos e curiosos para saber quem era a mãe do Lúcifer que tinha escapado do inferno. No final de 2016 a segunda temporada estreou. E não foi bem como esperávamos.
Foram 18 episódios. Todo mundo achou que seriam 20 ou 22, como qualquer outra série respeitável (ou não). Mas foram 18. E um hiato gigantesco no meio. Eu nem me lembro de como a temporada começou, pra dizer a verdade. Sim, a mãe do Lúcifer entrou na história, no corpo de uma bela advogada loira de parar o trânsito. Teve também um irmão dele que apareceu no meio do mesmo modo. E toda essa história de mãe gerou uma confusão dos... bem, dos infernos. E os casos de polícia continuaram até a mid season onde inventaram de colocar um romance e uma explicação para ele.
Pôster promocional da segunda temporada |
Vamos falar de romance. Eu odeio romance. Não, eu não odeio romance, mas tem que ser muito bom e interessante pra não me fazer vomitar e/ou abandonar uma série. Porque estou interessada em histórias legais e com conteúdo, estou interessada em humor, em sarcasmo, em ironia... Geralmente quando se coloca um romance no meio a qualidade cai e tudo fica meloso. E Lúcifer quase caiu nesse erro fatal. Em um dos hiatos o suspense que deixou gancho para o retorno foi se finalmente teria rolado ou não um beijo entre ele e a detetive Chloe. Jura? É uma série sobre o fucking Senhor do Inferno, estamos mesmo preocupados com um beijo? Enfim, seguindo. No grande hiato mesmo o cara desapareceu ao saber uma verdade incômoda contada por sua mãe - bem quando o romance parecia que ia sair. E me volta casado com uma loira mais burra que uma porta. Foi o episódio de volta de hiato mais sem graça da história das séries com hiato. O final foi surpreendente, mas voltamos para o velho esquema do crime da semana, ele e Chloe investigando, piadinhas, etc. A parte boa é que o romance foi esquecido. Depois disso tivemos uns bons episódios, como Deceptive Little Parasite (co-protagonizado pela dona e proprietária da série, a dona Trixie Decker), God Johnson, super interessante e enigmático e a season finale que nos deixou de boca aberta com o final.
Uma família dessas, bicho |
O saldo final da temporada é: tivemos mais do mesmo. A presença da mãe de Lúcifer deu uma pequena movimentada discreta e criou um arco que foi crescendo até ter seu desfecho no último episódio, e a entrada de Ella, a legista, deu mais uma leveza à trama, com seu jeitinho engraçado e ingênuo. Fora isso, tivemos o mesmo modelo das investigações, Chloe sendo chata (quem aguenta essa mulher, bicho?), Lúcifer sendo besta (sem trocadilho) e blá blá blá. Muitos episódios mornos, alguns até bons, a maioria envolvendo Trixie e Maze, donas das melhores cenas da série, maior dupla que você respeita, que química, bicho, se tivesse um spin off só das duas eu assistiria de boas. Pudemos ter um vislumbre do talento de Tom Ellis para o drama em algumas cenas, como no episódio 05. O olhar dele no final até hoje me arrepia, tamanho desespero e dor que ele conseguiu passar.
O gancho para a terceira temporada ficou espetacular. Você fica boquiaberto com cara de besta se perguntando "meu, quem, por que, como, O QUE QUI TÁ CON TESENO?". A curiosidade vai ser muito grande pra abandonar. E Lúcifer é um demônio muito do carismático pra gente largar de mão assim. A expectativa está alta, então só espero que não me deixem chupando dedo e com raiva mais uma vez.
Resenha da primeira temporada: AQUI
Minha classificação para essa temporada é de ❤ 2/6- "Razoável".