"Uma Canção Para Jack", de Celia Bryce.

Eu e minha mania de julgar um livro pela capa e pegar para ler sem ver nem ao menos as contracapas. Mas culpa das capas, né! Porque peguei o livro da Celia imaginando que seria um romance clichê fofinho e água com açúcar. Que tremendo engano!

Com treze anos, Megan foi recentemente diagnosticada e precisa ficar internada para tratar de um câncer. Ela precisará passar por algumas sessões de quimioterapia para depois fazer uma cirurgia. Ela não se dá conta da gravidade da situação, e também não se conforma de que, com quase catorze anos, precisa ficar na ala infantil, ouvindo todos aqueles bebes gritarem e em volta de todos aqueles brinquedos. Logo ela conhece Jack, um garoto tão bem humorado que chega a irrita-la.

Ele é o terror das enfermeiras. Apronta de tudo no hospital e apesar de também estar tratando de câncer, não perde seu bom humor e alegria. Nos períodos em que Megan passa internada ali, Jack faz com que este dias sejam muito melhor. O vinculo que eles criam é impressionante e faz a garotinha ver a vida com outros olhos.

A trama conta sobre o período em que Megan passa internada, retratando todo o sofrimento da sua doença, e de como seus pais e suas amigas reagem a tudo isso. É triste. É devastador. Imaginar pessoas tão jovens precisando passar por tudo isso me deixa muito triste.

Apesar da situação, tanto Megan como Jack se mostram muito adultos. Na verdade é um amadurecimento que os problemas da vida trazem. E tudo é retratado com muita sutileza, sem tornar a trama pesada, mas nos faz quase sentir a dor deles.

Eu gosto de livros de drama e que me façam pensar na vida. Apesar das tramas fortes e tristes, sempre me fazem ver a vida por outros olhos. E a escrita da Celia é sutil, sem deixar tudo pesado e cansativo, mas que me fez refletir muito.