É possível amar muito alguém, mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela.”
John Green é o autor do amado best seller "A culpa é das estrelas", e recentemente a editora Intrínseca lançou mais um livro do autor no Brasil; trata-se de "O teorema Katherine". O outro livro dele publicado por aqui é "Quem é você, Alasca?" pela editora Martins Fontes.
"O teorema Katherine" conta a historia de Colin Singleton, um garoto prodígio que aprendeu a ler com 2 anos de idade, é obcecado por anagramas, adora ler e que já namorou 19 garotas chamadas Katherine. A Katherine XIX terminou recentemente o relacionamento com ele, e agora o garoto está no fundo do poço pelo fim do seu namoro. Pior ainda é o fato que este seja seu décimo nono pé de bunda de uma Katherine. Mera coincidência ou seria um padrão do qual pudesse ser matematicamente comprovado?
A fim de superar sua tristeza, Colin, junto com seu melhor amigo Hassan - um gordinho super divertido que gosta do fato de fazer nada da sua vida -, cai na estrada rumo a lugar algum. Os dois param em uma cidadezinha do Tennessee chamada Gutshot. Tudo o que eles queriam ali era ver o túmulo do Arquiduque Francisco Ferdinando, e então conhecem Lindsay que é a guia turística - além de trabalhar na Mercearia e ser também paramédica -, e a mãe de Lindsey, que lhe oferecem um emprego na cidade. Hassan e Colin decidem ficar por tempo na cidade, pelo menos até as férias de verão acabar.
“Como Colin já explicara várias vezes a Hassan, há uma diferença enorme entre as palavras prodígio e gênio. Prodígios conseguem aprender rapidamente o que outras pessoas inventaram; gênios descobrem o que ninguém descobriu. Prodígios aprendem; gênios realizam. A maioria das crianças prodígio não se torna um gênio na idade adulta. Colin tinha quase certeza de que fazia parte dessa maioria desafortunada.”
O maior desejo de Colin é não passar despercebido por este mundo. Ele quer mais que ser apenas um prodígio. Para que serve tanta capacidade de absorver o conhecimento se não puder fazer a diferença no mundo? Então, em Gutshot ele finalmente tem um momento Eureca! Eis que lhe surge a ideia que talvez, devida sua experiência com as Katherines, ele possa comprovar matematicamente como funciona um relacionamento que, ao seu ver, sempre possui um Terminante e um Terminado. Seria uma descoberta incrível que faria com sua existência no mundo não fosse em vão. Mas será possível encontrar uma fórmula para o amor?
"(...) a mente de Colin ficou a mil por hora com as implicações: se o futuro é para sempre, ele pensou, então um dia vai acabar nos engolindo a todos".
Eu confesso: "O teorema Katherine" foi decepcionante. Achei o livro bem chatinho. Talvez por ter achado o protagonista bem chatinho. E como é ele quem narra a história... Resultado: chatice. Demorei duas semanas para ler todo o livro, e sempre que começava a leitura, eu ficava com sono. O que salvou o livro foi o melhor amigo de Colin, Hassan. Ele deixou a trama um pouco mais divertida.
Outro ponto que deixou o livro desinteressante para mim foi a matemática - algo que nunca me agradou. Contudo, acho que toda a reflexão por trás desse teorema e de Colin acreditar que relacionamentos podem ser matematicamente previstos, algo notável. Afinal, há uma reflexão que se possa tirar da história, como normalmente ocorre nos livros de John Green. E todo livro que traz alguma reflexão ao leitor, merece ser lido. Portanto, "O teorema Katherine" não foi uma completa perda de tempo, mas ainda assim foi uma leitura que não me agradou muito.
Quero deixar claro que sou muito fã do autor. Os dois livros que li - "Quem é você, Alasca?" e "A Culpa é das Estrelas" - estão na minha lista de favoritos. São livros que marcaram de alguma forma a minha vida. Contudo, o mesmo não aconteceu com "O teorema Katherine". O livro não é de todo ruim, mas com toda a minha honestidade, não foi uma trama que me emocionou ou cativou. Nem por isso posso dizer que não estou ansiosa por mais livros do autor. Reconheço seu talento para escrever YA. Então, que venha o próximo!
Minha classificação para esse livro é de ❤ 3/6- "Bom".