Apesar de a Dominique já ter resenhado o livro A Seleção de Kiera Cass aqui no blog, venho através desta resenha colocar meus pontos de vistas sobre a leitura, mas principalmente reafirmar os elogios feito pela minha amiga blogueira.
Diferente de outros livros distópicos que apresentam um enredo denso, violento e que se aprofundam mais em uma trama política, A Seleção é um livro leve, divertido e muito romântico. Entretanto cumpre muito bem seu papel de entreter o leitor, tanto que é praticamente impossível largar a leitura.
Logo nas primeiras páginas conhecemos um pouco sobre a vida difícil de América Singer, que pertence a uma casta cinco. A nação em que ela vive - antigo Estados Unidos da América que após a 4ª Guerra Mundial e muitos conflitos, se tornou Illéa -, divide sua população em castas que vão de 1 a 8; sendo a 1 pertencente a reis e cleros, e a última, a número 8, dos viciados, fugitivos e sem-teto. A casta de América não é a pior ou melhor, há comida em casa para a família, mas nem sempre o suficiente e vivem com certa dificuldade. A casta cinco pertencem aos artistas: músicos, cantores, atores de teatro. E, América além de tocar diversos instrumentos, é uma ótima cantora.
Quando é aberta as inscrições para a Seleção para futura esposa do príncipe Maxon, a mãe de América vê a solução dos problemas da família. Obviamente, América não pretende se inscrever e ter que aturar o enfadonho príncipe Maxon, além do mais, seu coração já pertence a uma pessoa: Aspen, seu vizinho que pertence a casta seis. Ele trabalha muito para ajudar a família e os irmãos a não passarem fome, mas muitas vezes não é o suficiente. Ele sabe que jamais proverá uma vida boa a América, e ela sabe que sua família - especialmente sua mãe - não irão concordar com esta união. Mesmo assim, eles mantêm um relacionamento escondido há dois anos.
Depois de muita insistência por parte de sua mãe e do próprio Aspen para que ela se inscreva, e tendo a absoluta certeza que não teria nenhuma chance de ser escolhida, a garota faz sua inscrição. A Seleção é aberta para todas as meninas de Illéa com idades entre 16 a 20 anos, independentes de sua casta. Muitas garotas enxergam uma chance de melhorar de vida, já que as Selecionadas que são eliminadas voltam, no mínimo, para uma casta três. Além de que, as famílias das participantes recebem um bom dinheiro enquanto suas filhas permanecem no palácio.
Uma semana antes do resultado da Seleção, Aspen termina o relacionamento com América, e a garota parte para o castelo com seu coração despedaçado. Ainda assim, não tem nenhuma intenção de se relacionar com o Príncipe, seu principal objetivo é aproveitar a comida e ficar o tempo suficiente para que sua família possa juntar um bom dinheiro. Talvez até mesmo o fato de estar na TV - sim, a Seleção é televisionada para todo o país acompanhar a escolha da futura rainha -, possa ajudá-la mais tarde a encontrar mais lugares para cantar e tocar, e assim melhorar de vida. Não há razão para que ela não aceite participar.
Entre jantares, festas e vestidos novos, entre as intrigas e uma competição acirrada entre as participantes, América causará muita inveja ao se destacar como uma das favoritas do Príncipe Maxon. Contudo, o que começa como boa amizade entre ela e o Príncipe, pode aos poucos surgir sentimentos que deixarão América confusa. O Príncipe demonstra ser uma pessoa de bom coração, é compreensível e amigável, romântico, e até divertido, um verdadeiro cavalheiro, mas que se torna completamente desajeitado quando se trata de acudir damas em prantos. A autora teve o cuidado de criar um personagem encantador, mas humano o suficiente para ter seus momentos vulneráveis.
Entre jantares, festas e vestidos novos, entre as intrigas e uma competição acirrada entre as participantes, América causará muita inveja ao se destacar como uma das favoritas do Príncipe Maxon. Contudo, o que começa como boa amizade entre ela e o Príncipe, pode aos poucos surgir sentimentos que deixarão América confusa. O Príncipe demonstra ser uma pessoa de bom coração, é compreensível e amigável, romântico, e até divertido, um verdadeiro cavalheiro, mas que se torna completamente desajeitado quando se trata de acudir damas em prantos. A autora teve o cuidado de criar um personagem encantador, mas humano o suficiente para ter seus momentos vulneráveis.
Eu estava ansiosíssima para conhecer o Príncipe Maxon com tantas leitoras suspirando pelos cantos por ele. E, claro, que seria impossível não me apaixonar também. Ele conquistou completamente meu coração, e a Dominique, ciumenta como é com suas paixões literárias, não está nada feliz com isso. Haha!
Agora tudo que me restou ao finalizar a leitura foi uma DPL (Depressão Pós-Livro) por querer mais. Esperar até Abril para ter "A Elite" em mãos é uma verdadeira tortura.
América é um boa protagonista, por ser forte e divertida. O relacionamento entre ela e o Príncipe nasce aos poucos, com eles se conhecendo e mesmo assim, ela ainda tem duvidas, claro. Ela saiu de uma relação de 2 anos, com um cara que acreditava que casaria, como iria se apaixonar tão facilmente por outro? Não, isso não acontece da noite para o dia, mesmo que as qualidades de Maxon sejam tão irrestíveis. A autora teve o cuidado de conduzir muito bem toda a trama, desde o relacionamento entre os personagens até mesmo a parte histórica e política que apesar de não ser o foco principal do enredo, não deixa de ser explicada. Há alguns pontos obscuros, mas que acredito que serão revelados entre os próximos livros. Também senti falta de conhecer melhor o rei e a rainha que possuem praticamente nenhuma participação na história, mas Kiera Cass não deixou de explicar a razão disto, e tudo indica que conheceremos melhor estes personagens na continuação.
Toda essa mistura de distopia com "reality show" com um príncipe à procura de uma esposa, pode parecer bem clichê, mas deu certo. Aliás, o elemento "conto-de-fada" adicionado a história é o que o torna atraente. Um palácio, lindos vestidos e um príncipe encantador, quem não quer? Isso, misturado com personagens interessantes, uma narrativa bem conduzida e fluida, cenas divertidas e drama na medida certa, como não daria certo? Ah, e claro, uma capa belíssima!
Enfim, na minha opinião, a autora acertou em todas as medidas ao escrever esta história. E só posso desejar que o dia 23 de abril chegue logo e eu possa matar a saudade do meu (viu, Dominique?!) Príncipe Maxon!
Leitura recomendadíssima!
Minha classificação para esse livro é de ♥ 6/7- "Excelente".
Veja a cotação do livro no SKOOB e a opinião de outros leitores.
A seleção. Cass, Kiera. Editora Seguinte, 2012, 368 p.
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Daniela Tiemi