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"Convergente" de Veronita Roth

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Cuidado! Essa resenha pode conter spoilers.

Sinopse - A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. No poderoso desfecho da trilogia Divergente, de Veronica Roth, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor. 

Chegou ao fim mais uma de minhas sagas favoritas. Veronica Roth me cativou desde a primeira página de Divergente, a cada virar de página, eu me fascinava mais e mais pelo mundo criado pela autora. Tris e Quatro com seu relacionamento tempestuoso, mas ao mesmo tempo repleto de amor, paixão e cumplicidade, conquistaram-me completamente ao viverem a mil por horas, dispostos a tudo por aventuras e emoção.

Audácia? Erudição? Abnegação? Amizade? Franqueza? Qual é a sua facção? Durante toda a saga, nos questionamos em qual das facções nos encaixaríamos, de acordo com a nossa personalidade ou seríamos simplesmente divergentes, aqueles que não se encaixam em um determinado rótulo, biotipo? Veronica Roth foi bastante inteligente ao criar personagens tão completos e humanos, dispostos a qualquer coisa por seus objetivos e ao mesmo tempo surpreendendo-nos por suas ações sempre imprevisíveis. A própria história e final da saga foi imprevisível e audaciosa.

Tris é uma personagem fenomenal. Ela é humana, completamente humana. Suas motivações são sempre em prol do bem de todos, mesmo que seus desejos não estejam em primeiro lugar. Ela tem um compromisso com a verdade, com tudo que é certo. Odeia mentiras, falsidades e hipocrisias. Corajosa e destemida, ela é capaz de tudo para salvar aos seus amigos e entes queridos. Quatro foi menos consistentes do que Tris, mas não menos real. No início foi construído como sendo um rapaz forte, íntegro, seguro de si e independente, mas conforme sua história foi sendo desenvolvida e seus segredos revelados, também demonstrou ser inseguro quanto a quem realmente é como pessoa e o que deseja para si. Um das características que mais me fizeram gostar da escrita de Veronica Roth é que seus personagens sejam mocinhos ou vilões, não ficam de mimimi, eles assumem quem são, apesar das consequências. Não há conversões de última hora para os vilões, eles são egoístas e maus em suas essências, não há o que mudar.

Apesar de ter amado a saga, Convergente não foi o melhor livro da autora. Após dois livros brilhantes, a autora detona com seus personagens e com toda a sua história ao tentar explicar as motivações de uma sociedade em ruínas, causada por seus próprios governantes que a levaram a destruição quase total. A solução? Criar novos tipos de pessoas com genes diferentes, perfeitos, construídos em laboratório e purificados de geração a geração. Se tudo der errado, BUM! Eles simplesmente tem carta branca para alterar novamente todo o rumo da história e manipular as informações e a vida dessas pessoas, que não passam de cobaias. Esse é apenas um resumo do que acontece no livro, as teorias e explicações são inconsistentes, a história em si ficou um pouco confusa e repleta de furos. E o final? É de rasgar o livro em pedacinhos e chorar de raiva. Ainda defendo que apesar dos protestos dos leitores, o final da saga é compreensível, porém, nunca será aceitável.

Enfim, apesar dos pesares, gostei de caminhar lado a lado nos últimos anos ao lado de Tris e Quatro. Ambos foram companhias cativantes, personagens que nunca serão esquecidos por mim. Recomendo toda a saga! Mas, se não quiser sofrer, leia apenas os dois primeiros livros.


Minha classificação para esse livro é de  3/6- "Bom".
Veja a cotação do livro no SKOOB e a opinião de outros leitores.

Convergente. Roth, Veronica. Editora Rocco, 2014, 496 p.

Saga Divergente






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