Decidi escrever meu primeiro post sobre algo bem parecido com caviar: sempre ouvi falar, mas nunca vi pessoalmente. A Bienal Internacional do Livro de São Paulo!!! Sempre tive vontade de conhecer essa Bienal que reúne escritores de várias partes do país, mas, principalmente, reúne vários amigos meus que não tenho a oportunidade de conhecer aqui no Rio. E na sexta-feira de manhã parti rumo a esse sonho. Não vou falar aqui sobre a fila enorme que peguei para comprar o ingresso, nem sobre a fila maior ainda que peguei (no sol e no meio da rua) somente para entrar no Anhembi. Nem sobre a confusão para entrar. E nem sobre as filas para usar o banheiro, as filas para entrar nos estandes, as filas para pagar livros, as filas para comer... Nem sobre como estava lotado, sobre como o Anhembi é minúsculo, nem sobre a falta de organização, principalmente em se colocar três autores internacionais famosos no mesmo dia em um pavilhão tão pequeno (em comparação ao Riocentro). Também não vou falar sobre os milhares de Caçadores de Sombras pintados com suas tatuagens de canetinha e vestidos de preto no sol escaldante. Também não vou falar sobre minhas aventuras na Terra da Garoa. Vou falar sobre as minhas comprinhas!
O primeiro livro que comprei, ao conseguir entrar esbaforida no Anhembi, depois de encarar três horas de fila no sol (tá, parei), foi "A Canção dos Quatro Ventos", da querida Eddie Van Feu. O livro é a terceira parte da trilogia (por enquanto... Ai, Eddie!) Lua das Fadas, que começou com o livro de mesmo nome e seguiu com "O Trono Sem Rei". A Eddie como sempre foi uma fofa e estava lindíssima vestida a caráter igualzinho à capa do livro. O Renato Rodrigues, seu marido, e autor de outra série que amo, "Dragões de Titânia", também muito gentil, atencioso e super engraçado! Os dois com suas roupas maneiríssimas sempre chamam a atenção nas Bienais da vida, e sempre aparecem aqueles que só querem tirar uma foto e nem perguntam sobre os livros ("Tirar foto todo mundo quer, mas ler o livro ninguém quer", já me disse certa vez a Júlia Lemmertz. Sim, a atriz. Mas isso é outra história). Enfim, como o livro faz parte de uma série e é o último, falarei sobre ele mais adiante, depois de postar sobre os outros, para que todos possam conhecer o universo de Bianca e Zac. É apaixonante, posso garantir. A Eddie é uma contadora de histórias de mão cheia e escreve MUITO bem. Aliás, o brinde que vinha com o livro foi um espetáculo à parte: uma coroa de flores ESCÂNDALO roxa (minha cor favorita!) que fiz o favor de usar o dia inteiro. Agora imaginem uma mulher de 1,75m usando uma coroa de flores roxas na cabeça. É, fui a sensação do sábado na Bienal. Como se o lugar não estivesse lotado de adolescentes de preto pintados de canetinha. Humpf!
Depois disso fui visitar o estande da Giz Editorial, que já me presenteou com livros maravilhosos e que até hoje estão entre meus favoritos. Sempre tive várias surpresas boas por lá. Mas dessa vez eu tinha uma missão emocionante: encontrar dois de meus vampiros preferidos, Luar, de Kizzy Ysatis e Kaori, de Giulia Moon, que foram reunidos formando o primeiro crossover de vampiros da literatura nacional! Só de falar já me tremo toda! Os dois juntos!!! O livro da FOFÍSSIMA Giula Moon, (que sempre faço questão de abraçar e beijar em cada Bienal que nos encontramos), "Flores Mortais", reúne contos antigos e inéditos da dama vampira da literatura nacional. Entre os inéditos temos a primeira parte do crossover: "A exótica dama oriental e o inesperado Luar", no qual a kyuketsuki Kaori encontra o vampiro Luar no início do século XX. Já no livro do Kizzy Ysatis (que me deu um bolo, depois de eu ter viajado seis horas num ônibus até Sampa na esperança de vê-lo... Mas isso já é outra história), "Eterno Castigo", quarto livro dos "Cânticos do Paralelo Noturno", meus dois queridinhos sugadores de sangue se encontram na novela "Perfume Para Kaori". Ambos os livros são ricamente ilustrados pelos prórpios autores e ficaram maravilhosos! Juro que depois vou encher o saco de vocês com Kaori e Luar em suas aventuras individuais.
No mesmo estande da Giz encontrei uma pérola que também não tinha visto ainda pessoalmente: "O Maravilhoso Mágico de Oz", de L. Frank Baum, com tradução de Carol Chiovatto, posfácio de Bruno Anselmi Matangrano (casal vinte super simpático que conheci pessoalmente lá também) e ilustrações incríveis de Dandi. O livro me conquistou pela fofura (e pelo preço...), um trabalho muito bem feito da minha querida editora Vermelho Marinho, que começou a apostar nos clássicos eternos com o selo "O Melhor de Cada Tempo". Muita gente não sabe (eu também não sabia, mas deixa quieto...) que o famoso Mágico de Oz não é apenas um livro, mas uma série!!! E a Vermelho vem nos presentear novamente com essas obras raras da literatura mundial.
No segundo dia consegui adquirir um lançamento que era aguardado com ansiedade, palpitação e histeria pelos fãs: "A Comissão Chapeleira", da também fofa (já viram que tenho a tendência de achar todo mundo fofo, né?) Renata Ventura. A continuação do ótimo "A Arma Escarlate" (apresentarei mais tarde) levou vários "escarlatinos" (os fãs) ao estande da Novo Século no sábado. Se vocês que estavam por lá viram algumas pessoas com uma gravata amarrada na cabeça, esses eram os escarlatinos vestidos de Viny Y-Piranga, personagem do livro. Passei por lá pra dar uma olhada, mas só comprei mesmo no domingo, tirei foto com a Rê e com direito a um chapéu coco super estiloso.
Então, acho que me estendi demais nesse primeiro post. Vejo vocês em breve com a resenha do primeiro que eu ler, que ainda não sei qual será. Um beijão a todos! Vejo vocês em breve!