(...) Ao checar minhas mensagens de texto pela 53ª vez naquele dia, para saber se Jason tentara entrar em contato comigo, e ver que isso não aconteceu, eu sabia que já bastava. Eu precisava sair dali. Mas havia um defeito naquela ruptura súbita e completa com minha antiga vida. Você pode atravessar o oceano para fugir. Mas não tem como fugir dos seus pensamentos. (Pág. 170)
Zoe Moore sempre sonho com o dia em que finalmente iria subir ao altar e dizer SIM, eu aceito. O melhor de tudo seria casar com o homem da sua vida após sete anos de namoro. O dia mais feliz da sua vida, no entanto, se transformou no pesadelo de todas as noivas: ser abandonada no altar, perante todos os amigos e familiares, sem uma única explicação, apenas uma ausência enorme.
Indignada, perdida e ferida emocionalmente, após meses de autopiedade, Zoe decide recomeçar em outro lugar e esquecer definitivamente tudo o que lhe aconteceu. Quando surge uma oportunidade de trabalhar como babá nos EUA, ela não pensa duas vezes e aceita o emprego. Sua maior aventura começa agora! Afinal, o sonho de quase todo jovem no planeta é trabalhar nos EUA.
Entretanto, as surpresas já começam assim que ela desembarca e conhece seu novo chefe, Ryan Miller. Viúvo, dois filhos, mal humorado, bagunceiro e mulherengo... Mas, lindo de morrer! Aquele tipo de beleza fatal. É quase instantânea a atração de Zoe por ele, ao mesmo tempo em que sente uma enorme antipatia pela estupidez do patrão.
Com uma narrativa divertida e fluida, é impossível não se solidarizar pelos conflitos de nossa heroína atrapalhada, Zoe Moore. Contada em primeira pessoa, Zoe intercala entre nos contar sobre suas atividades diárias como babá e suas memórias do noivo antes e depois do altar. Sofrendo de verdade por ter sido abandonada e sem uma explicação do motivo pelo qual o noivo desistiu dos dois, Zoe prefere mudar de país a permanecer amarga e derrotada. Logo, se vê atarefada arrumando a casa incrivelmente bagunçada do sr. Ryan, apesar de não ser função de seu cargo como babá. Mas quem resiste, afinal, a duas crianças carentes de afeto como Ruby (6 anos) e Samuel (3 anos)?
Bem humorada, carinhosa, mas sempre atrapalhada, Zoe conquista as crianças e aos poucos consegue também conquistar a confiança do Ryan. Aliás, que homem mais sexy! Ao mesmo tempo, ele é irritante, pedante e muito cruel com Zoe. Trata a garota como empregada e só depois de muito abusar da boa vontade dela é que cai na real.
Há passagens muito divertidas como as misteriosas cartas de amor que Ryan recebe de uma mulher apaixonada, mas que ele não quer mais nada. As cartas variam entre picantes, amorosas e ameaçadoras. Zoe também faz amizades com outras babás do bairro e suas conversas e histórias são animadas e sempre especulativas como é viver sob o mesmo tempo que um deus grego rabugento.
Como sempre ler um chick lit é promessa de boas risadas, descontração e relaxamento total. Quando estou verdadeiramente estressada, ler um chick lit é infalível. Não dizem que o melhor remédio é a risada? Aliado com uma boa leitura, então, não há problema que resista.
Jane Costello tem me conquistado com sua escrita. Gostei bastante do seu livro anterior, Damas de Honra e também apreciei Quase Casados. A história tem suas controvérsias, mas o bacana é que mesmo sentindo uma atração fatal por Ryan e sendo até correspondida, o coração de Zoe permanece em Liverpool com o miserável do noivo. Afinal, um grande amor a gente não esquece de uma hora para outra. Recomendo!
Minha classificação para esse livro é de ❤ 4/6- "Muito Bom".
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Quase casados. Costello, Jane. Editora Record, 2014, 416 p.