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Drácula - A história nunca contada, e a história contada

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Olá a todos! Hoje resolvi fazer um post diferente e fugir um pouco do usual. O cineminha do dia com minha best Dominique foi Drácula - Untold, ou Drácula - A história nunca contada, na versão nacional. Como já tinha lido o livro de Bram Stoker sobre o nobre romeno sugador de sangue, resolvi fazer esse post falando um pouco sobre essa figura que até hoje, no ano de 2014, ainda rende adaptações e faz fãs ao redor do mundo.

Vlad, o Empalador
Onde tudo começou


Sim, o conde Drácula existiu, embora não fosse um conde, mas um príncipe. O príncipe Vlad III (1431 - 1476) nasceu na região da Transilvânia (hoje Romênia) e assumiu o trono da Valáquia aos 28 anos de idade. Era conhecido por ser implacável e cruel com seus inimigos. O (carinhoso) apelido de Empalador veio por causa de seu costume, digamos, exótico, de empalar seus inimigos ainda vivos (se você estiver comendo, pare aqui). Uma estaca era introduzida no ânus dos indivíduos e transpassava pelo tórax. A vítima ia escorregando e morrendo lentamente em agonia, enquanto a lança perfurava seus órgãos internos (eu disse que era para ter parado). E não parava por aí: o príncipe tinha o costume bizarro de almoçar diante de suas vítimas moribundas. Um fofo, né? Por causa disso foi chamado de Vlad Tepes (literalmente Vlad, o empalador), mas também foi conhecido como Vlad Dracul, que significava "filho do dragão". Não se sabe como ele morreu ou onde está enterrado (aham, enterrado, sei...). Foi nessa figura simpática que o escritor irlandês Bram Stoker se inspirou para criar o seu Drácula, que é, até hoje, o vampiro mais famoso do mundo.

Drácula, de Bram Stoker
Vampiro internacional


Favor não confundir com o filme de 1992. Por isso coloquei a foto do "pai" da criança, o escritor irlandês Abraham Stoker, e não do sedutivo Gary Oldman no papel de Drácula no filme de Francis Ford Copolla. 

O livro Drácula, escrito em 1897, é um romance gótico, escrito em forma de cartas e diários (o que me tirou um  pouco a graça, ao ler). Não é uma narrativa linear, como vemos normalmente, mas cartas e diários escritos pelos personagens principais, como o Dr. Van Helsing, Mina e seu noivo, Jonathan Harker. O Drácula de Bram Stoker pode andar durante o dia, mas não diretamente ao sol. Pode, também, se transformar em animais noturnos, como os morcegos ou lobos. Tem aversão aos símbolos católicos, como a cruz, as hóstias consagradas e a água benta; também não suporta o alho. Ele dormia em caixões e sempre carregava em suas viagens caixas cheias de terra de seu local de origem. Foi o personagem criado por Stoker que deu maior visibilidade ao mito, presente há séculos em diversas culturas pelo mundo, e foi a partir dele que todas as adaptações para cinema, TV, quadrinhos, etc foram criadas. O tal filme de 1992, com Gary Oldman no papel-título, Keanu Reeves como Jonathan Harker e Winona Ryder como Mina foi a última tentativa de se fazer uma adaptação fiel do livro (e falhou miseravelmente, pois o romance de Drácula e Mina, bastante explorado no filme, nunca existiu no livro). 

Dracula Untold
A mais nova versão


Enfim, chegamos aonde queríamos! O filme Dracula Untold, ou A História Nunca Contada (não sei vocês, mas eu prefiro o nome original. Em português ficou enorme e explicadinho demais...) foi a adaptação mais recente do velho mito. No filme desse ano, o bonitão, digo, o ator galês Luke Evans dá vida a uma versão mais light de Drácula, apresentado quase como um herói, capaz de qualquer coisa para proteger seu povo e, principalmente, seu pequeno filho. Ele recebe seu poder do Mestre Vampiro, uma figura sinistra que vive em uma montanha. O contrato é simples: se ele conseguir resistir à sede de sangue por três dias, volta a ser um humano normal; se não conseguir, continuará um vampiro para sempre. Acho que já dá pra imaginar, né? Apesar das falhas e do roteiro fraco, com diálogos às vezes beirando ao clichê, o filme é muito bom, os efeitos especiais cumprem seu papel (sem 3D, graças a todas as Musas!) e o gostosão, digo, Evans brilha na pele do príncipe guerreiro da Transilvânia. O filme mergulha no passado de Drácula, no que aconteceu antes de o homem virar mito. A história de Vlad Tepes é misturada a elementos de Bram Stoker, com alguma fidelidade, tanto histórica quanto ao mestre irlandês. A força, o domínio dos animais noturnos, a transformação em morcego, e o fato de poder andar durante o dia (mas não ao sol, aí já estamos querendo demais) estão lá. Os empalamentos também estão lá, embora não da forma como realmente era, com lanças espetadas no ânus e tal (desculpe por voltar a isso). O final sugere uma continuação (todas gritam AMÉM!) nos dias atuais, o que seria adorável. 

***

Deu pra vocês perceberem que resenha de filme não é o meu forte, né? Essa foi minha primeira tentativa. Meu objetivo nesse post foi falar um pouco do livro e da nova versão cinematográfica, mostrando um pouco da história original. Quem quiser fugir do bafafá da estreia de A Esperança essa semana, Dracula Untold é uma boa pedida. Não tem sustos, mas tem ação, batalha, efeitos especiais, um montão de morcegos e Luke Evans!


Tá bom, chega de Luke Evans... Chega nada! Em dezembro tem O Hobbit!



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