A palavra normal perderia todo o sentido se não tivesse um oposto. E se não houvesse pessoas normais, o mundo provavelmente desmoronaria. (Pág. 167)
Bartholomew Neil é um homem de quase 40 anos que sempre viveu com a mãe, até que um dia ela faleceu devido a um câncer. Sem saber lidar muito bem com a situação, o rapaz encontra suporte em Wendy, sua conselheira de luto que aos poucos vai demonstrar que também precisa de ajuda, Padre McNamee, um antigo amigo que sempre esteve presente em sua casa, e a "Meninatecária", que nem sabe da sua existência.
Ao encontrar uma carta assinada por Richard Gere na gaveta de calcinhas da mãe, Bartholomew lembra que em seus últimos dias sua mãe o chamava de Richard e, acreditando que há uma conexão entre esses fatos, passa a enviar cartas para o ator de Uma Linda Mulher falando sobre o que vem acontecendo na sua vida. Quem diria que contando sua história para um estranho Bartholomew encontraria o caminho para a aceitação, o amor e a felicidade?
Sempre que algo ruim acontece com a gente, uma coisa boa acontece. Normalmente com outra pessoa. Essa é A Sorte do Agora. Precisamos acreditar. Precisamos. Precisamos. Precisamos. (Pág. 124)
Bartholomew tem quase 40 anos e nunca aprendeu a ser independente. Com a morte da mãe, isso se tornou um problema. Agora só lhe restam Wendy, Padre McNamee e a "Meninatecária". Wendy o visita com o objetivo de fazê-lo sair de casa, conhecer pessoas, fazer amigos, porém não tem obtido muito sucesso. Padre McNamee o ajuda da forma que pode, sempre o visitando e orando pela sua mãe. A "Meninatecária" nunca notou que ele a observava na biblioteca. De repente, Bartholomew começa a notar que aqueles que o dão suporte são os que mais precisam de ajuda.
Esse foi o meu segundo contato com o Matthew Quick e pude perceber que esse autor adora criar personagens bastante peculiares. Os personagens dessa história apresentam características bem distintas, o que torna tudo mais real, já que não são indivíduos rotulados, digamos assim. Cada um possui traços únicos, algo muito interessante e que torna o desenrolar da trama ainda melhor, pois a cada página o leitor vai tentando compreender as personalidades que são retratadas.
Com uma escrita simples e a capacidade de originar personagens cativantes, Quick desenvolveu um enredo que dá gosto de acompanhar. Você vai lendo e lendo sem notar o passar do tempo. A história é super leve e mesmo assim transmite uma ótima mensagem. O livro é narrado em forma de cartas, pois a narrativa se resume às cartas que o protagonista envia para Richard Gere, o que torna a leitura ainda mais rápida. Gostei bastante da obra e do formato em que ela foi escrita. Recomendo.
Minha classificação para este livro é de ♥ 3/6- "Bom".