Esse ano eu decidi ser cult e pagar de cinéfila. Aproveitando que estou desempregada e sem ter nada melhor pra fazer, com a maioria das séries que assisto em hiato, resolvi pegar essa última semana antes do domingo da festa do Oscar e assistir aos filmes indicados ao prêmio principal. É a primeira vez que faço isso, e decidi depois de assistir à cerimônia ano passado e só conhecer um filme, no caso A Garota Dinamarquesa, que nem estava concorrendo (torci muito pelo Eddie Redmayne, mas fiquei super feliz pelo Leo). Esse ano quero estar por dentro das coisas. Então, ao invés de fazer um post para cada filme, porque nem daria tempo, vou fazer um especial de três partes com três filmes cada, com as minhas já conhecidas opiniões super técnicas, profissionais e imparciais. Só que não.
LA LA LAND: CANTANDO ESTAÇÕES
(LA LA LAND - 2016)
(LA LA LAND - 2016)
Um viva aos sonhadores / Tolos irremediáveis / Um viva aos corações que sofrem / Um viva ao caos que causamos.
O musical, um dos favoritos a levar a estatueta, porque ganhou trocentos Globos de Ouro, pode ser resumido em uma palavra: SUPERESTIMADO. Sério, nos primeiros 25 minutos eu tive que fazer uma pausa pra ir ao banheiro e beber uma água porque tava me dando sono. É muito fofo, muito bonitinho, as atuações são legais (nada que mereça prêmio de Melhor Atriz e Ator, na minha humilde opinião) e a direção de arte é INCRÍVEL; as músicas que estão concorrendo ao prêmio de "Melhor Canção Original", "Audition (The Fools Who Dream)" e "City of Stars" são lindas, principalmente a primeira, mas a trama em si não tem nada de mais. Fala de sonhos e tal, tem aquela pegada de musical antigo de Hollywood, mas é só. Não entendi todo o hype em cima do filme. E fiquei revoltada com o final. Ah, e não tem overdose de música o tempo todo, isso foi maravilhoso!
Indicações: 14, incluindo Melhor Filme, Atriz (Emma Stone), Ator (Ryan Gosling), Diretor (Damien Chazelle), Roteiro Original, Fotografia, Trilha Sonora e Canção Original.
Minha classificação para esse filme é de ❤ 3/6- "Bom".
ESTRELAS ALÉM DO TEMPO
(HIDDEN FIGURES - 2016)
Então, sim, deixam mulheres fazerem coisas na NASA, sr. Johnson. E não é porque usamos saias. É porque usamos óculos.
Eu tô é seca com esse filme. Que filme mais lindo, perfeito, maravilhoso e incrível! Assisti quase duas horas de filme com um sorriso no rosto e quando não estava sorrindo estava querendo chorar. Histórias de segregação sempre me deixam à flor da pele, mas essa é uma linda história de superação, é pisão seguido de pisão, é tanto close certo que nem dá pra respirar. A história das "figuras escondidas" da NASA, das mulheres negras que trabalhavam no departamento de matemática, escondidas, sem reconhecimento e sem sequer boas condições de trabalho (eu ri muito da Katherine correndo pra ir ao banheiro, mas ri de nervoso também. Imagina ter que correr por quilômetros dentro de um complexo porque não tem banheiros pra gente de cor no seu prédio?) é maravilhosa por nos mostrar a luta dessas três mulheres especificamente, que tiveram que batalhar mais do que todos os outros para conseguir atingir seus objetivos, tiveram que se reinventar, se provar, num mundo de brancos e de homens brancos, onde homens brancos faziam história e onde o ser humano começava a se tornar descartável com o advento dos computadores (amém Dorothy Vaughn!). Tem até espaço pra romance. Apenas uma coisa me revoltou nesse filme: por que diabos Taraji P. Henson não foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz? A mulher pisou o filme todo, foi maravilhosa, fez um trabalho incrível! E a trilha sonora também merecia uma indicação.
Indicações: 3. Melhor Filme, Atriz Coadjuvante (Octavia Spencer) e Roteiro Adaptado #JUSTICEFORTARAJI
Minha classificação para esse filme é de ❤ 6/6- "Obra prima".
UM LIMITE ENTRE NÓS
(FENCES - 2016)
Deveria ter me abraçado e não ter me soltado.
Esse filme... Esse filme aqui... Vou dizer pra vocês o que eu achei desse filme aqui. Começou parado, parado demais, dando sono. Parecia um maldito monólogo e achei que Denzel Washington nunca mais fosse parar de falar pra respirar. Eu não sabia qual era o propósito do filme além daquele falatório sem fim. Até que acontece o famoso BOOM, o famoso plot twist ou seja lá que nome estão dando. E foi aí que Viola Davis mostrou porque ela é Deus. Da metade do filme em diante foi tiro atrás de tiro de atuações, tanto de Viola quanto de Denzel. Eu nem chorei, só fiquei tremendo. Parecia que eu estava sentindo tudo o que a Rose sentia, me doeu nos ossos, me arrepiou, talvez por ter ido para um lado pessoal da minha vida, mas mesmo assim... Essa mulher é uma deusa do cinema, ela não interpreta, ela É a personagem, você sente que ela é. Não é o melhor filme com a melhor história, foi até bem sonolento e parado, mas as atuações incríveis salvaram e fizeram por merecer a indicação. Se você crê digite AMÉM VIOLA DAVIS.
Indicações: 4. Melhor Filme, Melhor Ator (Denzel Washington), Melhor Atriz Coadjuvante (Viola Davis) e Roteiro Adaptado.
Minha classificação para esse filme é de ❤ 4/6- "Muito bom".
Então, essa foi a primeira parte do meu Especial Oscar 2017, mais profissional do que os comentários do Rubens Ewald Filho. Se você gostou, aguarde que vem mais por aí até domingo.
❤ Especial Oscar 2017 ❤
La La Land: Cantando Estações
Estrelas Além do Tempo
Um Limite Entre Nós
Manchester à Beira Mar
Lion - Uma Jornada Para Casa
A Chegada
Até o Último Homem
Moonlight: Sob a Luz do Luar
A Qualquer Custo