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"Princesa Adormecida" de Paula Pimenta

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Imagina acordar um dia e descobrir que o mundo que você achava que era real, nada mais é do que um sonho. E se todas as pessoas que você conheceu na vida simplesmente fossem uma invenção e, ao despertar, percebesse que não sabe onde mora, que nunca viu quem está do seu lado, e, especialmente, que não tem a menor ideia de onde foi parar o amor da sua vida.
Era uma vez uma menina normal que descobre ser uma princesa. Zzzzzzz... Aposto que você já ouviu essa história, não é? Eu, inclusive, já falei sobre uma na minha última resenha. Mas, nesse livro, Paula Pimenta nos apresenta a Rosa, ou melhor, Áurea, que era uma princesa, depois virou uma garota normal, e depois voltou a virar uma princesa. Sim, é confuso. E, sim, é uma versão moderna de “A Bela Adormecida”.


Paula Pimenta ficou famosa com a foférrima série “Fazendo Meu Filme”, que por sinal, eu AMO! Seus livros são fofos, bem menininha mesmo, e chamam a atenção por retratar garotas comuns, em situações bem reais. Porém, nessa tentativa de escrever um conto de fadas moderno, a autora acabou se perdendo em meio à fofura excessiva.


O livro é irreal. Super! Ao contrário de outros (que já citei aqui...) que são bem pé no chão, esse vive nas nuvens. Tudo o que acontece com Áurea está além de qualquer imaginação, o que acaba por criar situações muito surreais. A garota conhece um bofe pelo WhatsApp e gama na hora, confia e conta coisas de sua vida pessoal. Tem três tios solteirões (aham...) que vivem apenas para criá-la. A vilã da história, uma tal Malleville (lembra alguma coisa?), que mal aparece duas vezes na história, de mulher que perdeu o bofe que nunca a viu além de amiga para outra mulher, vira uma aparente psicopata-espiã-neurótica. Resumindo, tudo ganha ares psicodélicos, com nuvens cor de rosa de purpurina.

A parte boa é que o livro é pequeno, o que garante uma leitura fácil e rápida. E uma coisa é garantida: o sucesso entre garotas pré-adolescentes ou no início da adolescência. E a situação das conversas pela internet também ajuda a atrair um público mais jovem. Não levem a mal, o livro é bem escrito. Paula Pimenta, como sempre, exibe sua escrita simples e leve que conquistou milhares de leitoras (e leitores também). O problema foi a tentativa de fazer uma versão quase copiada de A Bela Adormecida, com nomes parecidos e situações quase iguais, que não se encaixam no mundo atual. De resto, já é mais um imenso sucesso da autora mineirinha mais querida do Brasil. 



Minha classificação para esse livro é de  3/6- "Bom".
Veja a cotação do livro no SKOOB e a opinião de outros leitores.






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