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"Harry Potter e a Ordem da Fênix" de J. K. Rowling

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“Os jovens não podem saber como os idosos pensam e sentem. Mas os velhos são culpados quando se esquecem do que era ser jovem.”
Então, gente. Lembram quando eu escrevi a resenha de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban e falei que aquele livro tinha me destruído? Esquece isso.

Esse livro acabou comigo. Planejei ficar em estado vegetativo na minha cama após ler ele, mas não foi possível por motivos de: vida.

Vale lembrar, sempre que resenho um determinado livro de uma trilogia ou série, que esse não é o primeiro, portanto, cuidado com spoilers... e caso queira ler as outras resenhas que eu fiz, tá na mão:


      

Nesse livro, menino Harry está de novo na casa dos tios, porém dessa vez está ainda mais excluído do mundo dos bruxos do que antes, já que ninguém pode mandar nenhuma notícia para ele por motivos que ficam mais claros depois de ler um pouco do livro. Além disso, Harry está só aguardando Titio Voldi aparecer e recomeçar a Era de Tiro, Porrada e Bomba que ele tanto ama. Quando finalmente recebe alguma notícia, depois de dar umas merdas na casa dos tios, ele descobre da sociedade secreta Ordem da Fênix, que tem como objetivo lutar contra o Trevoso. Aí ele volta pra escola e recomeçam as tretas, só que agora ele tem um canal direto aos pensamentos do Voldi.
“– Hermione – disse Rony em voz baixa e indignada – você vai parar de brigar com o Harry e escutar o que o Binns diz, ou vou ter de fazer minhas próprias anotações?”
O primeiro livro da série serve pra apresentar o Harry e o mundo em que ele foi inserido. Claro que, ao ler todos os livros, vamos aprendendo mais sobre vários personagens, mas o objetivo principal do primeiro livro é que conheçamos Réri Póter e o mundo onde ele vai viver. O segundo livro é a apresentação do vilão. O terceiro tem uma trama diferente, onde existe um mistério a ser solucionado, porém ninguém realmente sabe que esse era o caso até que solucionam o mistério. Aí no quarto livro temos um andamento na história onde Titio Voldi retorna. No quinto livro começam as tretas de verdade.
“Só porque você tem a amplitude emocional de uma colher de chá isto não significa que sejamos todos iguais.”
O perigo iminente da volta do Voldemort fica ali, perturbando o Harry. Ninguém acredita nele nem no Dumbledore, o que na minha humilde opinião é burrice, já que o garoto foi o único que sobreviveu um ataque do Voldemort e o Dumbledore é o único de quem o Bruxão das Trevas tem medo... então assim, galera. Bora começar a acreditar no Harry e no Dumbledore, porque eles estão desde o primeiro livro falando que Titio Voldi ta aí e loco pra voltar.

Mas enfim, no meio da volta do Voldemort, Dumbledore perdendo a credibilidade, Ministério fungando no cangote dele e do Harry, sociedade secreta, Harry tendo seus ataques de raiva propícios para a idade e tudo o mais... temos uma reforma na educação.

Gostaria de usar esse pequeno momento para lembrar a todos a ironia que foi ler esse livro pela primeira vez logo quando o país está como está. Todo mundo aqui lembra do que aconteceu quando a Umbridge mudou a educação em Hogwarts, né? Todo mundo recorda? Então tá.

Voltando pra resenha.

Falando em Umbridge... Ô MULHER MALDITA. Meu pai eterno. Que ódio dessa infame. Que raiva. Aquela pigarreada maldita que ela dava.

Eu já falei antes (se não falei, tô falando agora) que já tinha visto os filmes há muito tempo. Lembrava pouquíssima coisa deles, só alguns flashes de memória. Tipo, o carro voador no segundo filme quando o Rony e o Harry perdem o trem. Lembrava da cena da Hermione descendo as escadas no Baile. Lembrava da cara do Voldemort. Lembrava do nome do Harry ser escolhido pelo Cálice de Fogo, mas não fazia ideia do porque. Agora uma cena que eu sempre lembrei dos filmes, foi a maldita da Umbridge em algum lugar de Hogwarts, olhando pra cima, e lembro do ódio que eu senti. (Vale dizer que estou escrevendo essa resenha antes de assistir o filme).

Mas enfim. O livro é o maior até então (se não me engano, o maior de todos), e substituiu o lugar de preferido que "Prisioneiro de Azkaban" tinha no meu coração. Sim, eu fui destruída, mas pelo jeito eu gosto de sofrer. Eu amei esse livro com todas as minhas forças. Foi um daqueles livros que eu não conseguia mais largar, que precisava ler a todo custo o próximo capítulo. Adorei.

Bom, agora que eu já descrevi algumas coisas do livro, vamos para a parte que será vista por mim como terapia.

ZONA DE SPOILERS

Primeiro de tudo, vamos falar da incapacidade do Ministério de pensar porque o garoto Harry estaria utilizando um feitiço como Expecto Patronum no cu da madrugada. Sério mesmo que ninguém parou pra pensar porque um garoto de quinze anos estaria usando um feitiço protetor? Só era ranço do Fudge de querer ferrar o Harry?

Falando em Fudge... ô bixa perturbada. Meu deus. Nem eu tenho esse nível de paranóia absurda que o cara tem. Medo maluco de que o Dumbledore quer tomar seu lugar. Escute aqui, Fudge, a senhora não é tudo isso. Se Dumbledore quisesse teu lugar, ele já estaria lá. Então, ‘seje menas’.

Sobre a Umbridge. Eu já odiei muitos personagens na minha vida, mas acho que nunca odiei um personagem tanto quanto eu odeio essa mulher. QUE RAIVAAAA. A desgraçada primeiro faz detenção para os alunos literalmente sangrarem. Depois começa uma aula prática dizendo que vai ser tudo na teoria (Ótima técnica, moça. É o mesmo efeito de tentar aprender matemática só lendo a apostila). Aí, não satisfeita, ela começa a fazer decretos. Depois começa a mexer com os professores. E aí vem uma das minhas partes preferidas no livro todo: a supervisão da aula da McGonagall.

Minerva McGonagall é rainha, amores. Apenas.

Eu já estava num nível absurdo de tensão por causa dessa maldita da Umbridge. Como se não bastasse, J. K. achou uma boa ideia acabar com a minha vida matando o Sirius.

Percebam, eu tomei spoiler dessa parte. Estava eu, bela, plena, andando na faculdade com meus amigos, indo para o restaurante universitário. Quando de repente, Gustavo (aquele embuste) começa a imitar a voz de um personagem (que eu, do pouco que me lembrava dos filmes pensei ser da Belatriz) e cantando “Eu matei Sirius Black”. Minha amiga Sambinho (apelido dela – e vocês nunca irão adivinhar o porque desse apelido) presenciou a minha reação quando recebi o spoiler. Minha expressão mudou de animadinha pela comida que estava prestes a ingerir (afinal, comer é o que há), para total desesperança, medo e falta de vontade de viver. Ainda assim, essa que vos fala chorou horrores enquanto lia o tal acontecimento. Chorei no meu trabalho, inclusive.

Achei que estava preparada... eu não estava.

Depois disso, pensei que tinha passado a pior parte, mas não. J. K. quis pisar em mim um pouco mais. Aí eu chorei de novo no dia seguinte, mais uma vez no meu trabalho, enquanto lia o Harry desesperado pra tentar falar com o Sirius através do espelho.

Também fiquei destruída quando Harry está na sala do Dumbledore e explode, jogando tudo pros lados. Tudo que eu queria era poder abraçar ele (coisa que ninguém fez, inclusive).

Antes que me perguntem, eu trabalho na sala de informática de uma escola, então fico sozinha a maior parte do tempo. Ninguém viu, mas talvez as salas ao lado tenham recebido ecos.

Quero também usar esse momento para enaltecer o menino Neville que cresceu muito nesse livro, apareceu muito mais (o que me deixou muito feliz, já que ele é um dos meus personagens preferidos) e amei a demonstração de lealdade de Neville, depois da morte do Sirius, sabendo que o cara era procurado e perigoso, foi até o Harry e prestou condolências porque, independentemente do que Sirius era, ele foi importante para o amigo dele. Neville é amor.

Nota de repúdio: Sirius e Tiago. Vocês podem ter feito coisas muito legais na vida de vocês. Mas vocês eram muito pilha errada. Resumindo: vocês são os famosos 'gente boa, mas vacila'.

E só pra entender. Snape sofreu na infância. Harry sofreu na infância. Ao invés desses dois embuste virarem amigos, não. “Vou te odiar porque você tem a mesma cara do seu pai que foi um encosto na minha vida. Foda-se que vocês não sejam nada parecidos.” Assim não dá pra te defender, Snape. Se ajuda aí cara. Você é a diva de Hogwarts, mas vamo com calma, né? E tu, Harry, dá um desconto pro cara que foi publicamente humilhado pelo seu pai.

FIM DA ZONA DE SPOILERS

Gostaria de anunciar que já está em minha posse o sexto livro da série (emprestado por Sambinho), e que não sei o que esperar. Até então não ganhei mais nenhum spoiler dos livros, então estou só aguardando.

Além disso tudo, queria expressar meu amor por Luna Lovegood, minha veterana da Corvinal.

Agora irei voltar para minha caverna (também conhecida como quarto) para sofrer de novo com o filme.



Minha classificação para esse livro é de  5/6- "Excelente".
Veja a cotação do livro no SKOOB e a opinião de outros leitores.

Harry Potter e a Ordem da Fênix. Rowling, J. K.. Editora Rocco, 2003, 704 p.




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