Que leitura, amigos! Lembro desta leitura e sinto que não tenho estrutura emocional para comentar sobre ele. Na verdade, acho que pode passar meses e eu não terei estrutura para pensar nele e não me abalar. Juro que não entendo como Colleen consegue me abalar tanto.
O amor não é simples e prático. O amor, na realidade é caótico. É repleto de problemas e depende de muita paciência e perdão. É isso que Novembro, 9 retrata: o amor de dois jovens que precisam amadurecer cedo por conta de acontecimentos da vida e que para viverem o amor deles precisam passar por cima de muita coisa.
É 9 de novembro e Fallon encontra com seu pai para tomar café da manhã. Ele age como se este fosse um dia normal e qualquer, mas para ela não é não. Sua vida na verdade tem sido um inferno deste que, há dois anos atrás, um incêndio acidental fez com que ela tivesse que abrir mão do maior sonho da sua vida: ser atriz.
Na mesa ao lado, Ben escuta toda a conversa entre o pai e a filha, e sente raiva de ouvir o pai tentando fazer com que a filha mude de ideia e abandone seus sonhos. Quando ele insinua que a garota é feia e não sai com ninguém a tempos, Ben resolve interferir se passando por namorado dela. E é assim que a vida desses dois jovens muda completamente.
Após o incêndio, Fallon ficou com várias cicatrizes pelo rosto e corpo, e isso sempre afastou os garotos. Ela se espanta quando Ben senta ao seu lado para se passar por namorado dela e dar um banho de água fria no pai. O mais incrível de tudo é que ele parece não se importar com a aparencia dela.
Eles resolvem passar o resto do dia juntos, e encontram um no outro uma companhia incrivel, que faz ambos esquecer que tudo o que aquela data realmente representa para eles.
Um marca tão significativamente a vida do outro e sentem uma atração tão interessante que resolver, anualmente, se encontrar. Nada de contato telefônico ou através de redes sociais. Seus encontros se limitaram somente ao dia 9 de Novembro. 5 anos é o que eles combinam e esperam ser suficientes. Depois disso eles resolvem o que farão com este sentimento.
O restante da trama se divide apenas na narrativa dos encontros anuais entre eles. Falta um desenrolar da trama maior na parte em que Ben e Fallon estão separados, mas Colleen compensa tudo isso nos encontros. A cada ano eles aprende o quão doloroso o amor pode ser; o quão triste a vida pode se mostrar; mas quantas novas chances a vida nos dá de recomeçar. Mistérios se revelam e tornam a trama devastadora.
Tanto Fallon como Ben são personagens sensacionais. Fallon passou por problemas que fizeram com que sua vida e carreira se destruíssem mas nada faz com que ela desista de correr atrás de seus sonhos. Ben tenta ajudar a todos que ama e enche Fallon de carinho como ela nunca teve antes e toma como meta pessoal mostrar a Fallon o quanto ela é especial. Com isso ele também está ajudando a si, pois ele também está quebrado, mas não quer que ela saiba disso.
A escrita da autora me fez mergulhar com tudo na leitura e me fez refletir muito. Com uma narrativa em primeira pessoa e dividida entre os dois personagens principais, retrata um amadurecimento real e que me deixou muito envolvida. Colleen me mostrou mais uma vez que sabe escrever um ótimo romance repleto de drama me fazendo sentir um turbilhão de sensações diferentes.
Minha classificação para esse livro é de ❤ 6/6- "Obra-Prima".
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Novembro, 9. Hoover, Colleen. Galera Record. 2016, 352 p.
Novembro, 9. Hoover, Colleen. Galera Record. 2016, 352 p.